Manifestantes tentam invadir sede da PF após prisão do Cacique Serere

Nesta segunda-feira (12), apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) tentaram invadir a sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, além de queimarem carros e praticarem vandalismo contra ônibus. O motivo da revolta foi a determinação da prisão temporária do pastor evangélico e líder índigina José Acácio Serere Xavante, 42, conhecido como Cacique Serere, por suposta prática de condutas ilícitas em atos de caráter antidemocrático.

 

Natural de Mato Grosso, conforme aponta a reportagem, Serere é apoiador de Bolsonaro e  sócio do Instituto de Promoção Educacional e Social do Araguaia e da Associação Indígena Bruno Omore Dumhiwe, além de fundador da Missão Tsihorira & Pahoriware – Mitsipe. Além do ativismo em favor do chefe do executivo, ele ganhou visibilidade ao organizar atos contra a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com ataques contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
De acordo com a PF, o cacique teria realizado manifestações de cunho antidemocrático em diversos locais da capital federal, dentre eles o Congresso Nacional e o hotel onde estão hospedados Lula e o vice eleito, Geraldo Alckmin. A prisão temporária de Serere foi decretada pelo ministro  do Supremo Tribunal Eleitoral (STF), Alexandre de Moraes, e atende ao pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República).
Ao examinar o pedido da PGR, o ministro do STF ressaltou que as condutas do investigado, amplamente noticiadas na imprensa e divulgadas nas redes sociais, se revestem de “agudo grau de gravidade” e indicam que Serere Xavante convocou expressamente pessoas armadas para impedir a diplomação dos eleitos.
 UOL