Shoppings do País devem abrir ao menos 90 mil vagas neste fim de ano

Em meio aos eventos de fim de ano, Black Friday, Copa do Mundo e Natal, a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) estima que shoppings de todo o Brasil abram pelo menos 90 mil postos de trabalho temporários para atender a demanda. A estimativa é superior ao número de 2021, quando 80 mil vagas foram abertas no último trimestre do ano.

Os cargos mais requisitados neste período serão para vendedores, ajudantes e balconistas. O setor de vestuário, calçados e supermercados serão os que mais vão contratar, aponta o levantamento. Em relação ao perfil dos candidatos, mais da metade das empresas preferem contratar jovens de 18 a 34 anos. Já o salário médio inicial está em torno de R$1.600, enquanto a jornada de trabalho será entre 6 horas e 8 horas diárias.
“Os empresários já começam a contratar, portanto, essa será uma ótima oportunidade para os cidadãos que estão buscando uma oportunidade. E ainda vale lembrar que a taxa de efetivação dos temporários após o Natal deve ser representativa”, comenta Luis Augusto Ildefonso, diretor institucional da Alshop.
Setor varejista e de serviços
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta que o comércio brasileiro deve fechar o período de fim de ano com a contratação de 109,4 mil trabalhadores temporários. Segundo a estimativa, essa seria a maior oferta de trabalho temporário desde 2013, quando 115,5 mil postos foram abertos no período, segundo a CNC.
Outro levantamento aponta que os setores varejista e de serviços devem abrir cerca de 95 mil vagas até dezembro, aponta pesquisa realizada em todas as regiões do País pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Sebrae.
O levantamento aponta uma redução no número de vagas que serão abertas este ano em comparação com a projeção da pesquisa de 2021, que apontava que cerca de 105.723 vagas seriam abertas em 2022. As entidades envolvidas apontam que, na época, havia um otimismo relacionado à atenuação da pandemia e o retorno à vida “normal”. Em 2019, foram abertas 103.211 vagas no fim do ano.
Entre os motivos para não contratar, empresários apontam que não acreditam que haverá um aumento significativo da demanda que justifique as contratações (35%), não possuem verba suficiente para contratações (25%), além dos encargos trabalhistas serem muito altos (19%), segundo o levantamento.
Entre os empresários que já contrataram ou irão contratar funcionários para o fim do ano, 49% afirmam que fará contratações informais e 48% farão contratações com registro. Apenas 14% farão contratações de terceirizados, aponta levantamento da CNDL, SPC e Sebrae.
A pesquisa mostra que 55% pretendem contratar mão de obra temporária e 32% pretendem fazer contratações por tempo indeterminado. Entre as empresas que farão contratações temporárias, 78% farão contratações neste formato com duração de até 3 meses.
Número
R$ 1.600 é o salário médio inicial para uma jornada de trabalho entre 6 horas e 8 horas diárias.