Deputado e senador criticam governo por perdas na saúde

Parlamentares de oposição ao Governo do Estado criticam a perda de recursos para a área de saúde. O deputado federal General Girão (PL) considera que a bancada federal foi induzida a erro com a retirada de recursos federais para a conclusão das obras de duplicação da BR-304, no trecho entre Macaíba e a chamada Reta Tabajara, no ponto de junção com a BR-226  direcionar recursos de emendas coletivas, a pedido da governadora Fátima Bezerra (PT).

“Não havia a necessidade de retirar os recursos. Fui voto vencido, mas não deixei de lado o meu papel de fiscalizar os recursos federais”, disse o deputado General Girão, ao lamentar a perda de R$ 6 milhões que deveriam ser usados para compra de três tomógrafos para os hospitais regional do Assu, Santa Catarina (Zona Norte de Natal) e Deoclécio Marques Lucena (Parnamirim): “O restante, cerca de R$ 10 milhões para custeio, está fazendo falta, por exemplo, nos insumos, medicação e manutenção das cirurgias eletivas do Hospital Walfredo Gurgel”.
O General Girão avalia que em virtude do descaso do governo estadual, “a população sofreu com várias interrupções nos atendimentos e nas cirurgias eletivas”. Para o deputado, “mais uma vez, a triste história se repete. Ela (a governadora) não trabalha; ela só atrapalha. Pura incompetência”.
Girão disse, ainda, que emendas ao Orçamento Geral da União (OGU) em 2021, indicaram recursos da ordem de R$ 16 milhões para a compra de vacinas Sputnik, “o que não aconteceu, já que o Governo Federal  comprou e enviou as vacinas para o Estado”.
O senador Styvenson Valetim já vinha criticando o governo estadual por deixar de receber repasses de recursos federais, em virtude da apresentação de  projetos para execução de melhorias de hospitais em Natal (Walfredo Gurgel) e em Mossoró (Tarcísio Maia), apesar da disposição de deputados e senadores em direcionar emendas para a área de saúde.
Arquivo
Styvenson afirma que faltam projetos para receber repasses

Styvenson afirma que faltam projetos para receber repasses

“O Hospital Tarcísio Maia nunca viu uma reforma, passaram quase três anos com dinheiro guardado na conta do Estado e não foi feita nenhuma reforma, isso é desumano”, acusa Valentim, que também cita o fato de que o Hospital Walfredo Gurgel só passou por uma reforma em  duas décadas, em 2001 a um custo R$ 12 milhões, segundo ele.
Valentim lamenta que o Hospital Walfredo Gurgel tenha “perdido pelo pé” recursos para reformas do pronto-socorro, ala de queimados “e melhorar o ambiente do hospital”.
Números
6 milhões de reais foram incluídos no orçamento para compra de tomógrafos, mas o governo do Estado perdeu.
3 hospitais seriam beneficiados com as aquisições de tomógrafos, mas o governo não cumpriu as exigências.