Greve dos médicos chega ao 9º dia em Natal; categoria se reúne com SMS e Sesap nesta sexta-feira

Em greve desde o dia 24 de novembro, os médicos de Natal vão se reunir nesta sexta-feira, (2), com a Secretaria de Estado do Rio Grande do Norte (Sesap) e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O objetivo é chegar a um acordo referente ao pagamento dos médicos cooperados que prestam serviços ao município e denunciam atraso de mais de três meses nos salários. Nesta quinta-feira (1º), uma reunião com a mesma finalidade também foi realizada, no entanto, não houve solução para o impasse.
Segundo a Coopmed, a expectativa é que o segundo encontro tenha êxito, dada a necessidade de não comprometer a oferta de serviços de saúde à população.
Os serviços de Alta/Média Complexidade seguem funcionando somente para pacientes internados e cirurgias de urgência. Os ambulatórios, por sua vez, não têm atendimento. Já as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e portas de urgências funcionam com 30% de sua capacidade. Maternidades e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) mantêm o pleno funcionamento.
Em resposta à TRIBUNA DO NORTE sobre o atraso dos salários e propostas de negociação nesta sexta-feira, a Secretaria Municipal de Saúde informou que “o Município vai procurar a Cooperativa nos próximos dias para negociar o débito e está confiante no mais rápido restabelecimento possível da normalidade na prestação dos serviços”. Não foram detalhadas informações sobre a programação com que devem ocorrer os pagamentos.
 
Alta da Covid-19
A paralisação acontece diante de um contexto de aumento de casos de covid-19. A Secretaria de Estado de Saúde do Rio Grande do Norte reconheceu que o cenário epidemiológico apresenta um aumento significativo no número de casos notificados, partindo de uma média diária de 15 casos para 600 em menos de duas semanas, seguindo uma tendência de aumento, considerando a variante BQ.1, com sua alta transmissibilidade.
Além disso, até a última terça-feira (29), segundo a plataforma Regula RN, dos seis hospitais com leitos críticos covid, três estavam 100% ocupados e um estava com mais de 90% de ocupação. Dos 55 leitos críticos, apenas 10 estavam disponíveis e 35 ocupados, 3 estavam bloqueados e sete ocupados por paciente não-covid. Já dos 55 leitos clínicos covid, a ocupação é menor: 19.
Tribuna do Norte