O sistema Pix já é o meio de pagamento mais utilizado pelos empreendedores potiguares para receber os valores das vendas. Cerca de 47% das pequenas empresas do Rio Grande do Norte usam o Pix como principal forma de pagamento nos negócios, segundo estudo inédito feito pelo Sebrae.
A pesquisa sondou mais de 6 mil empreendimentos de pequeno porte em todo o país, entre Microempreendedores Individuais (MEI), microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), sendo 231 no Rio Grande do Norte, entre os meses de agosto e setembro. Além disso, avaliou dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
De acordo com esse levantamento, o uso do Pix já chegou a superar os pagamentos com cartões de crédito ou de débito no estado. Juntas, essas modalidades são utilizados por 42% dos empresários. Na avaliação da gerente da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae-RN, Alinne Priscila Dantas, a popularidade do Pix entre os empreendedores está muito vinculado à facilidade na operação de transferência dos valores e também aos baixos custos e encargos cobrados por isso.
“O Pix se tornou um dos principais meios de pagamento para micro e pequenas empresas pela facilidade na transação, e disponibilidade do recurso imediato na conta do empresário, além da redução de custo, quando comparado aos modelos convencionais de recebimento de cartões de crédito e débito”, destaca a gerente.
Alinne Dantas acredita que a frequência de utilização deste meio de pagamento pode ser ampliada se o empresário comunicar melhor aos clientes sobre o recebimento dessa modalidade de pagamento, o que pode ser feito por meio de QR Code, links de pagamento e sinalização no ponto de venda. O estudo indica também que o digital foi de alguma forma incorporado às estratégias da maioria dos pequenos negócios. Além do uso do Pix nas operações comerciais, 71% dos empreendedores potiguares recorrem às redes sociais, aplicativos de mensagens ou à internet para garantir e incrementar as vendas mensais.
Perspectivas
Em relação a aproveitar o período da Copa do Mundo de futebol para aumentar vendas, a pesquisa revelou 62% dos negócios pesquisados não estão se preparando para usar o momento do mundial para ampliar vendas dos produtos ou serviços de forma associada ao esporte. 43% dos proprietários de pequenas empresas do RN acreditam que a Copa não deve afetar as atividades comerciais e somente 21% entendem que o torneio deve provocar alta no faturamento.
O Sebrae também quis entender como está a situação dos negócios e 36% dos donos de MPEs potiguares afirmaram que o faturamento da empresa cresceu em comparação ao mesmo período do ano passado. Já em 29% as receitas tiveram queda em relação a 2021, enquanto para 26% não houve alteração, houve aumento nem diminuição. Para 44% dos empreendedores potiguares, o que mais dificultou a operação da empresa foi o aumento dos custos, como insumos, mercadorias, combustíveis, energia e aluguel. Outros 21% atribuem o aperto à falta de clientes. 9% estão em dívidas com empréstimos e para 5% a inadimplência é com o pagamento de tributos.
Tribuna do Norte