“Um erro”, diz Rafael Motta sobre aliança entre Fátima e Carlos Eduardo

Em entrevista à InterTV Cabugi na manhã desta sexta-feira (23), o candidato ao Senado pelo PSB, Rafael Motta, considerou um erro a aliança feita entre a governadora Fátima Bezerra (PT), candidata à reeleição, e o ex-prefeito de Natal e candidato a senador, Carlos Eduardo Alves (PDT).

“Aqui no Rio Grande do Norte foi feita uma composição que acabou se tornando a tática eleitoral do PT, mas do meu ponto de vista foi um erro trazer antigos concorrentes, antigos adversários. Não tão antigos, por que meses atrás o próprio candidato dela ao Senado fazia críticas bastante duras, falando que houve roubo com relação aos respiradores, críticas no Twitter, ajudou a eleger o atual presidente… mas é uma composição que eu respeito. Continuo apoiando a governadora porque eu acredito ser o melhor nome para continuar um projeto político em relação ao Governo do Estado”, afirmou Motta.

Sobre apoiar os candidatos do PT e não receber apoio em troca, Rafael afirmou que não há ressentimento. “Eu não faço política com ressentimento. Pelo contrário. A gente procura entender as conjunturas, apesar de achar que foi um erro”, pontuou.

Em 2016, enquanto deputado federal, Rafael Motta votou favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). No entanto, ele alega que se arrependeu da atitude. “Naquele momento eu percebi que foi um erro [votar a favor do impeachment]. Aconteceu um golpe. Toda uma sistemática foi montada. Não houve uma investigação, era basicamente para retirar a presidente do poder para se colocar um presidente que fosse reformista. Naquele momento, imediatamente eu me coloquei na oposição. É tanto que também votamos pela abertura da investigação contra o presidente [Michel] Temer, e se tivesse do presidente Bolsonaro, também teria votado favorável”, disse.

Ao final da entrevista, Rafael Motta disse que o Rio Grande do Norte não precisa escolher o candidato “menos ruim”. “Estamos nessa missão para mostrar que o RN tem opção e não precisa escolher aquele [candidato] que seja menos ruim. Precisa votar no melhor, no que tem coerência nos seus posicionamentos e que não faz acordos por circunstâncias momentâneas”, disse o candidato.