Aumenta a quantidade de homens solteiros na fila de adoção, diz jornal

Ricardo Trevisan tinha 37 anos, uma vida profissional estável e realizada quando sentiu que faltava algo. Professor de arquitetura e urbanismo na Universidade de Brasília (UnB), gostava de transmitir conhecimento aos alunos. Apegado à família, convivia com os cinco sobrinhos e começou a desejar passar a sua experiência de vida para alguém, como via os dois irmãos fazendo. Foi nesse ínterim, e com o aval da família, que Ricardo decidiu adotar, em 2014, uma criança que tivesse entre zero e seis anos. Na época, o estado civil de solteiro não o impediu de ir em frente na decisão.

O processo iniciou enquanto estava sozinho, mas não demorou para que Jair, seu atual companheiro, embarcasse na ideia. “Informei que estava no processo de adoção e ele topou a ideia. Fiquei um ano fora, foi um relacionamento que começou à distância e, quando voltei, moramos juntos”, conta Trevisan. Ainda assim, o processo continuou apenas no nome de Ricardo. Ele fez sozinho o curso de um mês de habilitação para a adoção. A orientação de permanecer apenas em nome de Ricardo foi dada pelos próprios agentes no processo, para não retroceder a vez na fila.