Deputada eleita é acusada de usar fundo eleitoral para pagar harmonização facial

CNN Brasil. 

A representação da Procuradoria Regional Eleitoral do Amapá foi apresentada na quinta-feira (6) e tem como base o depoimento de Maite Luzia Mastop Martins, que trabalhou para Silvia Waiãpi como coordenadora da campanha. O Ministério Público Eleitoral pediu, ainda, a quebra do sigilo bancário tanto de Silvia quanto de Maite.

Maite relatou ao Ministério Público que sua então chefe repassou parte dos recursos que recebeu do fundo eleitoral para a conta de sua subordinada e mandou que ela usasse esse dinheiro para pagar uma clínica pela harmonização facial que estava fazendo. Segundo Maite, a deputada eleita mandou que ela a encontrasse na clínica onde já estaria fazendo o procedimento. Ao chegar ao local, Silvia mandou sua coordenadora de campanha pagar pela cirurgia estética. O procedimento custou R$ 9 mil, tendo sido pago em duas transferências, uma de R$ 2 mil e outra de R$ 7 mil.

“Para minha surpresa quando eu cheguei lá no médico, ela já tinha feito parte do procedimento. Ainda ia continuar o procedimento estético de harmonização facial e ela só falou assim: “Olha, já paga logo aí pra ele” e eu olhei sério pra ela. “Eu acabei de colocar mais dinheiro na tua conta”, ela pegou e falou pra mim, aí disse: “Já paga logo aí porque eu não tenho dinheiro, eu só vou receber no dia 5”. E eu olhei pra ela: “Silvia, tu tem certeza? Tu tem certeza?”. Porque ela entendeu que eu estava falando a respeito da questão do Fundo Partidário (sic). Ela pegou e falou assim ‘Não tem como te pagar, só recebo dia 5, então paga, depois a gente se resolve’”, relatou Maite ao Ministério Público Eleitoral.