Censo 2022 precisa de ajustes para mapear autismo no Brasil

O censo de 2022 está marcado para ser iniciado em 1º de agosto de 2022 e entrevistará 78 milhões de lares brasileiros, utilizando os dois modelos de questionários do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É uma pesquisa muito aguardada por autistas e suas famílias que esperam entrar na estatística nacional pela primeira vez e serem incluídos em políticas públicas para uma vida mais digna.

Andiara Freitas, pós-graduanda em Transtorno do Espectro Autista – Inclusão Escolar e Social, é ativista na causa e mãe de um autista moderado de 3 anos. Para ela, o IBGE existe uma falha no cumprimento da Lei 13.861/2019 que obriga perguntar sobre o autismo no censo nacional.

“A pergunta foi incluída, mas para aplicação numa amostra de aproximadamente 10% da população e essa amostra não revelará o número exato de pessoas autistas que continuarão sem ter direitos fundamentais atendidos por causa da subnotificação”, explica.

Estima-se que no Brasil existam 2 milhões de autistas e o censo é o único instrumento capaz de estimar o número exato deste público. A pesquisa terá duração de três meses e será a 13ª edição realizada em território brasileiro.