“Nem se alegue que a receita oriunda do dízimo não poderia ser objeto de penhora, uma vez que ainda que não se tenha finalidade lucrativa, certo é que não se pode desprezar tais valores, geralmente significativos, em detrimento dos credores que há anos aguardam a satisfação de seu crédito”, declarou a magistrada.
Em abril de 2020, a Igreja Mundial havia argumentado no processo que a pandemia do coronavírus fechou os templos da entidade, que sofreu uma queda brusca de arrecadação dos dízimos.
O g1 procurou a defesa do pastor Valdemiro Santiago e da Igreja Mundial, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem.
Outras dívidas de aluguel da Igreja
Esta não é a primeira sentença desfavorável ao fundador da Igreja Mundial por causa de aluguéis atrasados de templos. Em junho de 2021, a Justiça paulista já tinha autorizado a quebra do sigilo bancário do apóstolo Valdemiro, que é réu em um processo por falta de pagamento de aluguel na cidade de Carapicuíba, na Grande São Paulo.
O proprietário cobrava cerca de R$ 241 mil em aluguéis não pagos pela igreja de Valdemiro.
Em 10 de fevereiro de 2021, a juíza Monica Di Stasi, da 3ª Vara Cível de São Paulo, também havia autorizado a quebra de sigilo do pastor e de Mateus Machado de Oliveira, em um outro processo que cobrava aluguéis atrasados da igreja na cidade de Guararema, no interior paulista.
Para evitar a quebra de sigilo do pastor, a Igreja Mundial do Poder de Deus depositou em juízo mais de R$ 55 mil referentes a aluguéis atrasados.
Após o pagamento dos aluguéis atrasados, a igreja pediu à juíza que o autor pudesse sacar o dinheiro e que o processo fosse extinto, já que perdeu a causa de existir, que era a cobrança do débito.
g1