Gabriel Monteiro é acusado de assédio moral e sexual por servidores

O vereador Gabriel Monteiro (sem partido) foi acusado de assédio moral e sexual por cinco pessoas. O caso foi divulgado no programa Fantástico deste domingo (27).

Entre elas há servidores, ex-funcionários e uma mulher que teve relações sexuais com o ex-PM. Além destas acusações, a reportagem também mostra que Gabriel forjou cenas de seus vídeos no YouTube, como tiroteios ou ajuda a uma criança carente, expôs seus funcionários a outros tipos de assédio, além de cometer irregularidades no funcionamento de seu gabinete na Alerj.

Luiza é uma das pessoas que acusa Gabriel de assédio sexual. Ela trabalhava para os canais do vereador na internet, e relatou que algumas situações inconvenientes estão registradas nos vídeos em que ela ajudava a gravar.

“Ele me abraçava assim por trás, ‘te amo’ e não sei o que, ‘você é minha amiga’. Beijava o meu rosto, saía de pênis ereto e ia mostrar para o segurança”, relata. “Uma vez, foi no carro que ele começou pedindo para fazer massagem no meu pé. Puxou meu pé e fez massagem. Eu tentava tirar o pé e ele segurava. Aí foi começando a passar a mão nas minhas pernas. Foi para o banco de trás e começou a me agarrar, me morder, me lamber.”

O repórter perguntou se ela era tocada por Gabriel sem autorização, e Luiza confirmou.

Após sete meses de trabalho para o vereador, ela acabou procurando um psiquiatra.

“Eu queria tirar minha própria vida, porque eu me sentia culpada. Será que estou usando alguma roupa que está causando isso? Será que a culpa é minha de alguma forma? Aí eu começava a pedir a deus para me levar.”

Outra mulher, que não quis revelar sua identidade, afirma que consentiu o início das relações sexual com Gabriel Monteiro. No meio da relação, o ato evoluiu para um estupro, porque ela diz que pediu para que ele parasse.

Teve um momento que ele usou força. Me segurou e foi com tudo. Me deixou sem saída. Eu pedindo para ele parar, ele não respeitou o momento em que eu pedi para ele parar.

Ela continua, relatando a reação de Gabriel: “E ele rindo, ‘é uma brincadeira. Não leva a sério, não. Não fica chateada.”

Um funcionário, que também não quis se identificar, contou que era obrigado a cumprir expediente na casa de Gabriel, onde presenciou cenas constrangedoras. Ele diz:
“A gente ficava ali na frente e várias vezes ele foi na parte da frente da varanda da casa, e em outros cômodos a gente já viu também, com o órgão sexual para fora. E se vangloriando do tamanho do pênis. E mesmo se masturbando na frente de toda a equipe.”