Bloco Os Cão reúne natalenses na Redinha para mela mela

A pandemia de coronavírus e a suspensão das festas de rua no carnaval fez com o tradicional Bloco Os Cão, na Redinha, zona Norte de Natal, não acontecesse da mesma forma como acontece há 56 anos. O tradicional mela mela reuniu um número considerável de pessoas, porém abaixo do que acontece todos os anos, que vieram manter a tradição do “mela mela” na manhã desta terça-feira (1º).

Na terça de carnaval, quando o bloco costuma reunir centenas de pessoas de Natal e de outras cidades, não havia praticamente ninguém embaixo da Ponte Newton Navarro, perto do Terminal de ônibus da Redinha, onde o bloco acontece. “Teve uns dois aí que se aventuraram e se melaram. Mas tradicionalmente como todo ano, não vai ter”, lamentou.
“Era pra ter tido carnaval de rua normal. Em Pirangi as festas privadas estão cheias. Isso aqui é uma tradição de muitos anos”, lamenta o aposentado Charles Magno, 56 morador de Parnamirim e frequentador do bloco há 20 anos.
Anualmente, o Bloco Os Cão reúne adultos, jovens, crianças e idosos com fantasias, adereços e alegorias para se melar na lama da Redinha. Gratuito, popular e para todas as idades, o bloco é uma das maiores tradições do carnaval de Natal. Esse ano, assim como em 2021, o bloco não saiu.
“Comprei menos mercadoria pra vender, porque não sabia se ia ter. Vendo em casa, mas todo ano eu venho aqui para o bloco”, comentou o comerciante João Paulo Santos, 33 anos, que trouxe cerveja e cachaça pra vender perto do bloco.
Quem também foi ao bloco foi o natalense Rafael Ribeiro, 36 anos, motorista profissional. Ele mora na Redinha há dez anos. “Esse ano infelizmente cada um com sua folia em casa. Mas a alegria continua. Não vai ter o bloco devido a pandemia, mas existe aqueles que querem brincar. Estamos vivos, então tem que brincar”.