O Rio Grande do Norte já contabiliza 17 feminicídios em 2025, de acordo com dados divulgados pela Secretaria Estadual de Segurança Pública. O número se aproxima do total registrado ao longo de todo o ano de 2024, quando 20 mulheres foram vítimas fatais de crimes relacionados ao gênero. A escalada da violência contra a mulher no estado evidencia a urgência de medidas mais eficazes para combater esse tipo de crime.
Até novembro deste ano, a Justiça do estado expediu 7.336 medidas protetivas para mulheres vítimas de violência. Essas ações têm como objetivo garantir a segurança das vítimas, que muitas vezes enfrentam ameaças e agressões dentro de suas próprias casas.
Entre os casos que chamaram atenção está o de Edinalva Ribeiro, diarista de 48 anos, que sobreviveu a um ataque brutal do companheiro em outubro. Após ser golpeada com um facão, Edinalva ficou internada por 11 dias e segue em recuperação. “Eu sou grata por ter sobrevivido. Deus me deu uma nova chance”, declarou.
A advogada Sâmoa Martins destaca que a violência contra a mulher não se limita à agressão física e pode se manifestar de formas psicológica, moral, sexual e patrimonial. Segundo ela, muitas mulheres deixam de denunciar por medo de perder o sustento ou a moradia, mas esses direitos são garantidos por lei. “Sair do ciclo de violência traz leveza e paz”, pontua.
A delegada Luana Faraj, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Parnamirim, reforça que as vítimas podem buscar ajuda presencialmente ou por meio da Delegacia Virtual. Denúncias também podem ser feitas pelos números 180 e 181.
Edinalva deixa um apelo às mulheres que vivem situações semelhantes: “Procurem ajuda, denunciem. Não esperem o pior acontecer.”
