Erro em Transplante de Rim em Natal: Paciente Recebe Órgão Incompatível

Um grave erro médico ocorreu no Hospital Universitário Onofre Lopes, em Natal, quando um paciente recebeu por engano um rim destinado a outra pessoa. O incidente, que veio à tona nesta semana, levantou preocupações sobre os protocolos de segurança em procedimentos de alta complexidade.

De acordo com informações preliminares, o equívoco teria ocorrido devido à semelhança entre os nomes dos dois pacientes que aguardavam na fila de espera para transplantes renais. O receptor incorreto foi convocado para a cirurgia e acabou recebendo o órgão, que não era compatível com seu tipo sanguíneo. Após o procedimento, ele apresentou reações adversas e precisou ser transferido para a UTI, onde o rim foi removido. Infelizmente, o órgão não pôde ser reaproveitado para o paciente correto.

O hospital, referência em transplantes no estado do Rio Grande do Norte desde 1998, emitiu uma nota oficial lamentando o ocorrido e informando que todas as medidas cabíveis foram tomadas. Entre elas estão a notificação aos órgãos competentes, o acompanhamento clínico integral do paciente afetado e suporte psicológico aos familiares. Além disso, uma investigação interna foi aberta para apurar os fatos, com prazo de conclusão em até 60 dias.

O caso gerou comoção e questionamentos sobre a segurança dos processos hospitalares, especialmente em instituições de alta complexidade. O Hospital Universitário Onofre Lopes é reconhecido nacionalmente pela excelência em transplantes de rim e córnea, tendo realizado mais de 850 procedimentos desde sua fundação. Apesar disso, o incidente expõe vulnerabilidades que podem comprometer vidas e desperdiçar recursos preciosos.

A comunidade médica e os órgãos reguladores acompanham de perto as investigações. Especialistas afirmam que erros desse tipo são raros, mas reforçam a necessidade de revisão constante dos protocolos para evitar equívocos que possam colocar pacientes em risco.

Enquanto isso, o estado de saúde do paciente segue sendo monitorado pela equipe médica. O caso também reacendeu discussões sobre a transparência e responsabilidade das instituições de saúde diante de erros graves.