A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, reforçou nesta quarta-feira (13), durante reunião do Fórum Nacional de Governadores em Belém (PA), a necessidade de tratar a defesa do meio ambiente como política de estado. O encontro foi preparatório para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em novembro, reunindo líderes globais para debater soluções climáticas.
Fátima destacou que os governadores devem unir forças com o Governo Federal para apresentar ao Brasil e ao mundo uma agenda ambiental sólida e comprometida. “A defesa do meio ambiente precisa ser acompanhada de financiamento, planejamento e determinação. É uma questão de compromisso coletivo”, afirmou.
A governadora ressaltou o potencial brasileiro para liderar a transição energética global, devido às condições geográficas e climáticas favoráveis à produção de energia limpa, como solar e eólica. No entanto, ela alertou que essa transição deve ser guiada por princípios de responsabilidade, sustentabilidade e inclusão social. “Não podemos avançar sem considerar os impactos sociais e ambientais”, pontuou.
O protagonismo do Rio Grande do Norte na geração de energias renováveis foi destacado por Fátima Bezerra. O estado ocupa a liderança nacional, sendo responsável por 33% da produção de energia eólica e solar no Brasil. Ela também enfatizou o papel estratégico do Nordeste nesse cenário, defendendo a criação do Fundo da Caatinga, inspirado no Fundo Amazônia, como forma de garantir recursos para preservação e desenvolvimento sustentável do bioma.
A reunião contou com a presença do embaixador André Corrêa do Lago, presidente da Comissão Nacional da COP30. Representando o Consórcio Nordeste, Fátima Bezerra lembrou sua participação na COP27, realizada no Egito, e elogiou a escolha do Pará como sede da próxima edição do evento. “A Amazônia Legal é um símbolo ambiental global e merece estar no centro das discussões climáticas”, concluiu.
Com seu discurso, a governadora reforçou o papel decisivo dos estados brasileiros na construção de uma agenda ambiental que una desenvolvimento sustentável e justiça social.