O ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, detido por agredir violentamente sua namorada dentro de um elevador em um condomínio de Natal, foi oficialmente indiciado por tentativa de feminicídio. O caso, que chocou o país pela brutalidade, teve seu inquérito concluído pela Polícia Civil e encaminhado ao Ministério Público para as devidas providências legais.
A agressão, registrada por câmeras de segurança, revelou que Igor desferiu mais de 60 socos contra a vítima, em um ato que foi classificado pelas autoridades como de extrema gravidade. No relatório final, a Polícia Civil destacou a necessidade de manutenção da prisão preventiva do acusado, já decretada anteriormente, justificando a medida pela periculosidade do indiciado e pela urgência em proteger a integridade física e psicológica da vítima.
Atualmente, Igor Cabral está detido na Cadeia Pública Dinorá Simas, em Ceará-Mirim. Na última sexta-feira (1), ele alegou ter sido agredido dentro da unidade prisional. Segundo depoimento do próprio ex-jogador, ele teria sido colocado em uma cela isolada, algemado e nu, onde sofreu agressões físicas e psicológicas por parte de policiais penais, incluindo murros, chutes e o uso de spray de pimenta. A Secretaria da Administração Penitenciária (Seap) informou que já tomou medidas para apurar as denúncias e responsabilizar os envolvidos, caso as acusações sejam confirmadas.
Por meio de seu advogado, Igor Cabral divulgou uma nota pública nesta segunda-feira (4), na qual pediu perdão pelo ocorrido e atribuiu suas ações a um contexto de uso de substâncias e instabilidade emocional. A declaração gerou repercussão nas redes sociais, com críticas à tentativa de justificar o crime cometido.
O caso reacende debates sobre violência contra a mulher e feminicídio no Brasil, além de destacar a importância de políticas públicas voltadas à proteção das vítimas e punição rigorosa aos agressores. O desfecho da investigação e os próximos passos do processo judicial serão acompanhados com atenção pela sociedade.