As nove entidades semifinalistas da premiação foram conhecidas em evento do Projeto Conga, realizado na última sexta (27); três delas receberam troféu de destaque
Em uma noite marcada por emoção, música e reconhecimento, o Prêmio Melhores ONGs divulgou, na última sexta-feira (27), as organizações potiguares selecionadas para a semifinal nacional e premiou três entidades com troféu de destaque da edição estadual. O evento marcou ainda o lançamento oficial do Projeto Conga (Cultura, ONG e Ativismo) e contou com apresentações da Orquestra D’Amore e do paraibano Juzé.
Das 22 ONGs inscritas no RN, nove estão habilitadas para a semifinal nacional. São elas: Aldeias Infantis SOS Brasil, Associação Swell Surf – Projeto Swell, Casa de Apoio à Criança com Câncer Durval Paiva, Centro Desportivo do Conjunto Gramoré, Centro Educacional Dom Bosco, Grupo de Apoio à Criança com Câncer do RN, Instituto Ítalo Ferreira, Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer e Reforamar.
Dessas, três foram homenageadas com o troféu de destaque da edição potiguar: a Casa Durval Paiva, que atua no acolhimento de crianças e adolescentes com câncer e doenças hematológicas crônicas; a Associação Swell Surf – Projeto Swell, que promove cidadania e inclusão por meio do esporte e da educação; e a Reforamar, que garante dignidade às pessoas através de reformas populares e capacitações.
“O Prêmio Melhores ONGs é um divisor de águas na nossa história porque proporcionou mais visibilidade e acreditação ao nosso trabalho”, comenta Rilder Campos, diretor-presidente da Casa Durval Paiva, que participa da premiação desde 2017 e, em 2018, foi eleita a melhor ONG do Brasil. Além disso, já foi eleita a melhor organização do Nordeste e, por três vezes, a melhor do RN pelo Prêmio Melhores ONGs.
Para Barbara Arenhaldt, presidente da Associação Swell Surf, a premiação reafirma o poder transformador do esporte aliado à educação e à consciência ecológica. “Foi como ver o mar devolver em forma de reconhecimento tudo o que lançamos nele com fé: coragem, entrega e amor pelo que fazemos. Ficamos profundamente emocionados porque representa a força do nosso Nordeste, da nossa gente e da nossa caminhada”, relata.
Já Fernanda Silmara, presidente da Reforamar, destaca que ser semifinalista é “estar no caminho certo”. “Mostra que uma ONG do Nordeste, que nasceu dentro de uma favela, pode sim impactar vidas de forma concreta e inspirar transformação social em larga escala. Por isso, esse troféu é de cada voluntário, doador e família atendida. É a prova de que, quando a gente une força com propósito, a mudança acontece”, diz.
O Prêmio Melhores ONGs foi criado em 2017 e já reconheceu mais de 500 organizações em todo o Brasil. Agora, inicia uma nova fase, com edições estaduais. Nos próximos anos, a meta é chegar aos 26 estados e Distrito Federal. “É um projeto que começou para incentivar a cultura de doação e ganhou proporções muito maiores. Estar entre as melhores ONGs do Brasil pode mudar a trajetória de uma organização”, explica Marcelo Estraviz, fundador, diretor do Prêmio e conselheiro estratégico no ecossistema social.
“O prêmio é um evento consolidado, mas a cada ano gostamos de trazer surpresas”, completa Thayná Nascimento, gerente de Sustentabilidade e Impacto Positivo da AMBEV – VOA, patrocinadora do Conga. A final nacional do Prêmio Melhores ONGs acontecerá em novembro, em São Paulo.
Projeto Conga
Além das homenagens, o público presente no TAM conferiu o lançamento oficial do Projeto Conga, que trouxe a Natal o show Mormaço de Fogueira, do cantor, compositor e cordelista paraibano Juzé. Além dele, o evento teve apresentação da Orquestra D’Amore, formada por crianças e adolescentes do Projeto Tocando a Vida com D’Amore, atendidos pela ONG Atitude Cooperação, na zona Oeste da capital potiguar.
Idealizado por Regina Godoy, produtora cultural com mais de 30 anos de atuação no setor, o Projeto Conga nasce como uma plataforma de articulação entre cultura e impacto social. “É sobre acreditar no poder da coletividade, no papel da cultura como direito e na força das organizações sociais como agentes de mudança”, afirma Regina, que escolheu Natal como ponto de partida do projeto após o sucesso da Mostra Armorial 50.
O Conga tem patrocínio da Ambev por meio da Lei Rouanet e é produzido pela R. Godoy em parceria com a Certificadora Social. No Rio Grande do Norte, a iniciativa contou ainda com apoio do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio da Secretaria Estadual de Cultura (Secult), Fundação José Augusto (FJA) e Teatro Alberto Maranhão (TAM).