Polícia Ambiental desarticula campeonato ilegal de caça no RN

Foto: divulgação

Uma operação do Comando de Policiamento Ambiental do Rio Grande do Norte desarticulou, neste domingo (25), uma competição ilegal de caça a animais silvestres no município de Serra do Mel, localizado na região Oeste do estado. O torneio oferecia um carro como prêmio principal, além de valores em dinheiro para os segundo e terceiro colocados.

De acordo com a Polícia Ambiental, a competição começou no sábado (25) e previa premiações de R$ 1 mil e R$ 500 para o segundo e terceiro lugares, respectivamente. A inscrição custava R$ 400 por participante. Cerca de 50 caçadores foram abordados por equipes policiais tanto nas matas quanto nas estradas da região.

Durante a ação, duas pessoas foram presas por porte ilegal de arma de fogo e munições, sendo liberadas após pagamento de fiança. Entre os materiais apreendidos estavam:

  • Duas armas de fogo (calibres .32 e .36);
  • 58 munições intactas;
  • Quatro estojos deflagrados;
  • Armadilhas;
  • Facões;
  • Lanternas;
  • Mochilas camufladas;
  • Troféus que seriam entregues aos vencedores da competição.

Ainda segundo a Polícia Ambiental, os demais participantes não foram detidos por não estarem com animais capturados ou armas ilegais no momento da abordagem, o que impossibilitou o flagrante.

A investigação que levou à operação começou a partir de denúncias anônimas e publicações em redes sociais que anunciavam o campeonato. O comandante da Polícia Ambiental de Caicó, capitão Rafael Victor, confirmou que os dados do organizador do evento foram encaminhados ao Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN).

Segundo ele, a prática, mesmo quando não resulta na morte dos animais, configura crime ambiental. “Lembrando que campeonato de caça, apesar de não matar, alguns soltarem depois, ainda é crime. A lei é bem clara. Perseguir o animal silvestre é crime, o mesmo de matar o animal”, explicou o comandante do Policiamento Ambiental de Mossoró, capitão Rafael Victor. . 

A competição incluía uma pontuação para cada tipo de animal perseguido, como tatus e tamanduás. Embora alguns fossem soltos após a perseguição, muitos acabavam feridos, especialmente em caçadas realizadas com o auxílio de cães.

“Esses tipos de bolão e campeonato estão muito comuns no Estado, principalmente em regiões serranas, mas o Batalhão de Policiamento Ambiental está atuando forte para combater tais crimes”, afirmou o comandante. 

A operação foi conduzida pelo Batalhão de Policiamento Ambiental, por meio da 3ª Companhia, com apoio da 2ª Companhia.