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A falta de soro antirrábico e imunoglobulina antirrábica humana nos hospitais regionais de Mossoró e Pau dos Ferros, no Oeste do Rio Grande do Norte, tem preocupado a população local. Esses imunobiológicos são utilizados na prevenção da raiva humana em cinco unidades de referência do estado.
Segundo as autoridades, o estoque de soro e imunoglobina registrado no estado é capaz de abastecer o Rio Grande do Norte por apenas uma semana, o que tem motivado a emissão de alertas e a realização de reuniões com profissionais da saúde para estimular o uso racional do produto.
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) já fez um pedido emergencial ao Ministério da Saúde, mas ainda não há previsão para liberação. A instabilidade no abastecimento desses imunobiológicos vem acontecendo desde 2014, quando os laboratórios da Fundação Ezequiel Dias e Instituto Vital Brasil precisaram se adequar às normas de boas práticas de fabricação exigidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Atualmente, somente a Fundação Butantan está fornecendo esses insumos. No entanto, a capacidade produtiva da fundação não atende toda a demanda do país. Ainda em novembro de 2022, houve uma intercorrência na produção do soro na Fundação Butantan, resultando na interrupção do fornecimento.
Diante dessa situação, é fundamental que o governo federal avalie medidas para garantir o abastecimento desses imunobiológicos e evitar que a população fique exposta ao risco de desenvolver a raiva humana. Além disso, é preciso assegurar que os laboratórios responsáveis pelo fornecimento desses insumos estejam em conformidade com a legislação sanitária em vigor, para que possam evitar novas intercorrências e manter a produção regular dos imunobiológicos.