Além do inédito rito de entrega da faixa presidencial ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, chamou atenção na cena o traje do influencer potiguar e ativista dos direitos das pessoas com deficiência, Ivan Baron. Carregado de representatividade e simbolismo, com frases em destaques como: “Acolher quem é desacreditado e ressignificar o destino que já foi traçado”.
“São as palavras de Ivan Baron, a maior tela, gigantesca e potente que nos levou onde não imaginávamos que chegaríamos. Subimos a rampa com Lula e passamos a faixa presidencial”, escreveu o artista brasiliense Victor Hugo Souliver, no perfil dele, dividindo a assinatura da obra com Juliana Gomes da Silva.
Nas costas do terno branco, com bastante destaque, estava grafado “Parem de nos excluir”. Além disso, por toda roupa havia diversas palavras espalhadas: “inclusão”, “acessibilidade”, “anticapacitismo”, “acolher”, “força”, “esperança”, todas vinculadas às mensagens que Ivan Baron transmite diariamente pelas redes sociais.
O artista Vitor Hugo Soulivier é um nome em ascensão na moda local em Brasília e tem desenvolvido um trabalho utilizando as obras dele para falar sobre representatividade e inclusão LGBTQIA+. Além de já ter trabalhado nos Estados Unidos com o artista americano Tim Sutton e ter sido indicado para vários prêmios na causa.
Ivan Baron tem 24 anos e virilizou no tiktok, quando corrigiu uma frase da ganhadora do BBB 21, Juliete, que se referiu às pessoas com deficiência como “aleijado”. Ivan surgiu para explicar que o termo era capacitista e pejorativo. Desde então, ele vem utilizando as redes sociais para conscientizar e lutar pelos direitos das PCDs. Baron teve meningite viral aos três anos de idade, o que lhe causou paralisia cerebral.
Ele é formado em pedagogia e foi um dos consultores de acessibilidade do Festival do Futuro. Antes de subir a rampa, Ivan ajudou a equipe de Lula na comunicação das informações sobre acessibilidade, treinamento de equipe e vistoria de espaço. Também participou de eventos durante a campanha do presidente, discursando sobre pessoas com deficiência.
Tribuna do Norte