Psicóloga Candice Galvão alerta para os riscos de usar o ato de comprar como válvula de escape emocional durante novembro.
Novembro é o mês das grandes promoções e da esperada Black Friday, mas também pode revelar padrões de comportamento que muitas vezes passam despercebidos. A psicóloga Candice Galvão chama atenção para o chamado “consumo emocional”, quando o impulso de comprar está mais ligado ao alívio de tensões internas do que à necessidade real do produto.
“É comum que pessoas recorram às compras como forma de lidar com ansiedade, tristeza, carência ou frustrações acumuladas. O problema é que esse alívio é temporário e, muitas vezes, seguido por culpa e arrependimento”, afirma Candice.
Segundo ela, o marketing agressivo desse período, com frases como ‘você merece’ ou ‘última chance’, pode reforçar impulsos e alimentar um ciclo de consumo pouco saudável.
A psicóloga sugere que consumidores façam uma pausa consciente antes de qualquer compra e se perguntem se o desejo está sendo movido por necessidade ou por emoções não elaboradas. “Planejamento financeiro, autoconhecimento e atenção aos próprios sentimentos são formas de se proteger emocionalmente nesse período de tantos gatilhos.”
Entre as estratégias indicadas por Candice estão manter um diário emocional para identificar padrões de comportamento, definir um orçamento claro para compras e buscar acompanhamento psicológico caso o consumo descontrolado seja frequente. “Comprar não é um problema. O problema é quando passamos a usar o consumo como anestesia emocional”, destaca.
Sobre Candice Galvão
Candice Galvão é psicóloga com especialização em psicologia clínica, neuropsicologia e psicologia oncológica. Com mais de 10 anos de experiência, atende presencialmente na Clínica La Vie, na Av. Rodrigues Alves, 1069, bairro do Tirol, em Natal (RN), e também oferece atendimento online. Tem atuação reconhecida junto à Liga Contra o Câncer do Rio Grande do Norte e compartilha conhecimentos sobre saúde mental e cognição em seu Instagram: @candicegalvaopsicologia.
