O Outubro Rosa traz à tona um tema pouco discutido: os desafios enfrentados por mulheres neurodivergentes na prevenção ao câncer de mama. Segundo o neurologista Dr. Matheus Trilico, especialista em Transtorno do Espectro Autista (TEA), essas pacientes estão entre as mais desassistidas pela saúde pública brasileira.
De acordo com o IBGE, há 1 milhão de mulheres diagnosticadas com TEA no país, mas muitas ainda permanecem invisíveis devido ao subdiagnóstico feminino. “Essas mulheres enfrentam barreiras sensoriais e comunicacionais que dificultam exames preventivos como mamografias”, explica Dr. Trilico.
Estudos revelam que a adesão a mamografias é até 70% menor entre mulheres neurodivergentes. O especialista defende protocolos adaptados para garantir acessibilidade, como ambientes menos estimulantes e comunicação clara durante os procedimentos.
“O cuidado preventivo só será inclusivo quando considerarmos as necessidades específicas dessas pacientes”, afirma Dr. Trilico. O Outubro Rosa é um chamado à ação para transformar a saúde feminina em um espaço verdadeiramente equitativo.