A Polícia Civil do Rio Grande do Norte prendeu, nesta terça-feira (10), um homem de 26 anos em Extremoz, na Grande Natal, durante a terceira fase da “Operação Medici Umbra – A Fonte”, coordenada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul. A ação nacional tem como foco desmantelar uma rede criminosa especializada em invasão de sistemas governamentais, falsificação de documentos e estelionato eletrônico.
De acordo com a investigação, o suspeito detido no RN atuava como intermediário no esquema, desenvolvendo uma plataforma de consultas ilegais de dados em grupos virtuais. O objetivo era atrair outros criminosos e comercializar informações sigilosas, como dados de segurança pública e chaves Pix. Essas informações eram posteriormente vendidas a fraudadores em diferentes estados do país.
Além da prisão em Extremoz, a operação resultou na detenção de outros dois suspeitos: um homem em Pernambuco, apontado como responsável pelas invasões e pelo repasse dos dados, e outro em São Paulo, que aplicava golpes contra médicos gaúchos. Ambos já estavam sob investigação nas fases anteriores da operação.
A ação mobilizou mais de 50 policiais civis e contou com o apoio das Polícias Civis do Rio Grande do Norte, Pernambuco e São Paulo. Segundo as autoridades, a investigação conseguiu mapear toda a cadeia criminosa, desde os responsáveis pelas invasões até os executores finais das fraudes.
A Polícia Civil destacou que a operação reforça a importância da integração entre os estados no combate aos crimes cibernéticos e reiterou o compromisso de responsabilizar todos os envolvidos. “Essa ação é um marco na luta contra o cibercrime no Brasil, demonstrando que não há espaço para impunidade”, afirmou um dos delegados responsáveis pela operação.
Os presos foram encaminhados para unidades prisionais nos respectivos estados e responderão por crimes como estelionato eletrônico, invasão de sistemas e falsificação de documentos. As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos no esquema.