A depressão em pacientes com câncer, frequentemente, não é diagnosticada e, portanto, não tratada. As barreiras para o tratamento da depressão em pacientes com câncer podem decorrer da incerteza sobre o diagnóstico e o tratamento, além do tempo, por vezes limitado, para investigar questões emocionais e os custos associados ao tratamento.
Além do estresse mental e emocional que o câncer causa e que pode contribuir com a depressão e pensamentos suicidas, existe um fator pouco falado, mas que também está envolvido no aparecimento desses sintomas depressivos. O aumento dos marcadores inflamatórios, como interleucina-6 (IL-6), fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) e proteína C reativa (PCR), podem contribuir diretamente para o desenvolvimento de sintomas depressivos. E o que isso tem a ver com o câncer? O problema é que pacientes oncológicos já são mais inflamados.
O tumor e o próprio tratamento como (quimioterapia, cirurgia e radioterapia) aumentam a inflamação do corpo, que, por sua vez, age no sistema nervoso central e pode favorecer sintomas depressivos. Por esse motivo, ter uma alimentação saudável com alimentos anti-inflamatórios pode ajudar a reduzir esses marcadores inflamatórios, decorrentes ao tratamento.
Identificar e tratar a inflamação do corpo pode não apenas melhorar seu lado emocional, mas também, contribuir para um tratamento com menos efeitos colaterais e com mais qualidade de vida. Alguns alimentos, quando associados a uma mudança de estilo de vida mais saudável, podem apresentar efeito benéfico diante da depressão, como a cúrcuma, a beterraba, as frutas vermelhas, o iogurte natural, o abacate, a canela, o cacau e o kiwi.
Para aliviar a ansiedade, também podemos acrescentar os chás de mulungu, melissa e folha de maracujá, pois aumentam a produção de neurotransmissores inibitórios, sendo capazes de aliviar a ansiedade.