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O conclave para eleger o sucessor do Papa Francisco teve sua primeira votação nesta quarta-feira (7), mas, como esperado, não houve escolha do novo pontífice. A fumaça preta expelida pela chaminé da Capela Sistina indicou que nenhum dos cardeais atingiu a maioria qualificada de dois terços dos votos, o que é necessário para a eleição de um novo papa.
O processo do conclave é um ritual com séculos de tradição, em que os cardeais se reúnem para deliberar secretamente sobre o futuro líder da Igreja Católica.Durante a primeira votação, muitos votos são considerados simbólicos, sendo dados por respeito ou amizade entre os cardeais. Por isso, a expectativa para que um novo papa fosse escolhido já no primeiro dia era baixa.
Após a missa Pro Eligendo Romano Pontifice, celebrada na Basílica de São Pedro nesta manhã, os cardeais dirigiram-se à Capela Sistina, onde o processo de votação ocorreu com a máxima discrição. Quando a fumaça preta subiu, ficou claro que nenhum candidato havia alcançado os 89 votos necessários.
O processo de votação continuará nesta quinta-feira (8), com novas rodadas previstas para as 5h30, 7h, 12h30 e 14h (horário de Brasília). Caso um papa seja escolhido em qualquer uma das sessões, a fumaça será branca, sinalizando a decisão final. No entanto, se a votação não resultar em um vencedor, a fumaça será preta, como ocorreu na primeira rodada.
O conclave pode durar vários dias, e se, após três dias de votação, nenhum candidato for eleito, haverá um dia de pausa para reflexão. Embora o processo seja imprevisível, o novo papa só será anunciado quando a maioria qualificada de votos for alcançada. Esse processo de escolha tem ocorrido, historicamente, em um curto período, como em 1503, quando o Papa Júlio II foi eleito em apenas algumas horas. No entanto, já houve conclaves que se estenderam por anos, como o de 1268 a 1271.
Atualmente, o Vaticano vive um momento de expectativa, com fiéis aguardando em frente à Basílica de São Pedro pela fumaça que indicará o nome do novo pontífice.