PF investiga fraude em contratos públicos na Penitenciária Federal de Mossoró

Foto: Depen/Divulgação

A fuga de dois prisioneiros da Penitenciária Federal de Mossoró em fevereiro de 2024 – a primeira da história da unidade – expôs falhas estruturais e operacionais, levando a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) a deflagrarem, nesta terça-feira (11), a Operação Dissimulo. A operação investiga fraudes em licitações e cumpre 26 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal.

O esquema investigado envolve fraudes em licitações para a terceirização de serviços públicos. O principal alvo é a empresa R7 Facilities – Manutenção e Serviços Ltda, responsável pelos serviços de manutenção na Penitenciária Federal de Mossoró.

Segundo as autoridades, as empresas envolvidas se associaram para manipular concorrências públicas, utilizando declarações falsas para obter benefícios fiscais indevidos e garantir vantagem sobre outros participantes.

Além disso, usaram “laranjas” como sócios para ocultar os reais proprietários, dificultando a fiscalização e permitindo que acumulassem contratos com o setor público.

De acordo com a CGU, os fatos apurados até o momento apontam para possíveis crimes de frustração do caráter competitivo de licitação, falsidade ideológica, uso de documento falso e estelionato contra a Administração Pública.