Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu que a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) superfaturou o preço do asfalto em obras realizadas em dez estados, incluindo o Rio Grande do Norte.
A auditoria foi realizada em parceria com uma empresa especializada em análise de qualidade de asfalto.
Segundo o relatório da CGU concluído em maio e publicado na sexta-feira (26), o prejuízo causado pela “inobservância de parâmetros normativos”, como a espessura e a aderência dos pavimentos., é de R$ 7,3 milhões. Além disso, a auditoria revelou o uso de material de baixa qualidade e a falta de controle adequado.
“Restou demonstrada a baixa capacidade da Codevasf de acompanhar adequadamente as obras de pavimentação analisadas, especialmente quanto aos requisitos de qualidade”, afirma a CGU no relatório.
Ainda de acordo com o relatório, foram analisados 24 contratos de obras realizadas pela Companhia entre 01/01/23 e 18/01/24. A análise identificou vícios construtivos em 15 delas obras, o equivalente a 62,5% da amostra.
No Rio Grande do Norte foram coletadas amostras de obras realizadas em Tangará, Lajes, Campo Redondo, Jaçanã, Santa Cruz, Lagoa Nova, Parelhas, Currais Novos e Lajes Pintadas. Os contratos foram firmados em 2020.
Procurada, a Codevasf disse que “apontamentos e recomendações” de órgãos de controle, como a CGU, são observados pela companhia. “Obras que apresentem imperfeições ou inconformidades são objeto de notificação às empresas responsáveis, com vistas à correção”, informou a estatal.