Governo do RS quer construir quatro cidades provisórias para abrigar vítimas das enchentes

 Foto: Nelson Almeida/AFP

O governo do Rio Grande do Sul planeja construir quatro cidades provisórias para acolher as mais de 77 mil vítimas das enchentes que estão em abrigos. Esses centros temporários serão localizados em Canoas, Guaíba, Porto Alegre e São Leopoldo, municípios escolhidos por concentrarem o maior número de desabrigados no estado. A informação foi dada pelo vice-governador Gabriel Souza em entrevista à Rádio Gaúcha nesta quinta-feira (16).

Atualmente, as pessoas desabrigadas estão reunidas em postos de acolhimento, como escolas, universidades, igrejas e clubes. No enanto, esses locais deverão voltar ao funcionamento normal nas próximas semanas, o que deixaria os cidadãos sem um lugar para ficar. 

“Temos pouco tempo para montar. Logo teremos o exaurimento de alguns locais. Na semana que vem vamos iniciar a contratação. Até amanhã [sexta] vamos ter o descritivo das estruturas temporárias necessárias. É mais rápido contratar um serviço de montagem dessas estruturas. É como se fosse uma estrutura de eventos com qualificação para albergar pessoas”, disse Souza.

Apesar de não haver ainda uma data para a entrega das obras, o vice-governador adiantou que os espaços provisórios terão espaço para crianças e para pets, lavanderia coletiva, cozinha comunitária, dormitórios, banheiros, chuveiros e mais. Haverá cooperação com as prefeituras para oferecer segurança à população.  

Ainda segundo o vice-governador, a gestão estadual busca por “locais para a colocação rápida de estruturas provisórias com dignidade mínima”. Alguns lugares já estão sendo cogitados para abrigar as cidades provisórias: o Porto Seco, em Porto Alegre, o Centro Olímpico Municipal, em Canoas, e o Parque de Eventos, em São Leopoldo. A equipe do governo ainda procura um local seguro contra inundações para a construção da estrutura no município de Guaíba.

Até o último boletim da Defesa Civil, publicado às 18h de hoje, as chuvas já deixaram 151 pessoas mortas, 806 feridas e 104 desaparecidas no Rio Grande do Sul.