Grupo de hacker suspeito de criar banco de dados com 76 milhões de senhas é preso no DF

 

Na manhã desta sexta-feira (12), a Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou uma operação contra hackers suspeitos de invadir sistemas do governo e roubar credenciais e senhas. O grupo teria montado um banco de dados com 76 milhões de acessos e vendido na internet., A ação contou com apoio do Instituto de Criminalística da PCDF.

 

Segundo a Polícia Civil, o banco de dados continha senhas privadas, acesso a bancos de dados pessoais. Também incluia credenciais de órgãos públicos,algumas permitindo acesso a sistemas internos e sensíveis do Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunal de Justiça do DF e do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT).

 

Na residência de um dos hackers, com auxílio de peritos da PCDF, foi identificado um programa chamado Olho de Deus, contendo aproximadamente 76 milhões de credenciais. Essas credenciais incluíam informações privadas de empresas, acesso a bancos de dados pessoais e órgãos públicos, algumas permitindo acesso a sistemas internos e sensíveis desses órgãos.

 

Operação Vigília

Durante a operação foram cumpridos mandados de prisão preventiva, temporária e de busca e apreensão nas cidades de Feira de Santana (BA), Penalva (MA) e Fortaleza (CE). Até o momento, foram presas duas pessoas (de 22 e 24 anos), sendo uma delas apontada como um dos principais hackers do Brasil.

Em interrogatório, o hacker apontado como o mais expressivo do grupo confessou ter usado um malware para invadido diversos sistemas privados e governamentais, incluindo os de Tribunais e de uma agência americana. Ele ter criado um banco de dados com as 76 milhões de credenciais, as quais eram negociadas e vendidas na internet, principalmente via grupos no Telegram.