Operadoras de telefonia desobedecem Anatel e cortam internet de estudantes com baixa renda

Imagem/AgênciaBrasil

A falta de acesso à internet é uma realidade preocupante em nosso país. Principalmente nesse momento de pandemia, em que o ensino remoto se tornou a única alternativa para muitos alunos, a conectividade tornou-se fundamental. Diante desse cenário, é lamentável que operadoras como Claro, Tim e Vivo decidam violar determinações da Anatel e se recusem a comercializar linhas de dados móveis para atender a programas públicos de conectividade.

Essas operadoras estão agindo de forma irresponsável e desrespeitando o direito de acesso à educação de milhares de alunos de baixa renda e professores de escolas públicas, ao se recusarem a fornecer perfis elétricos para programas de conectividade em estados como Amazonas e Alagoas. A conexão esperada para esses 650 mil alunos poderia garantir o acesso a conteúdos pedagógicos, além de permitir uma comunicação mais eficiente entre alunos e professores.

Diante do descumprimento das determinações da Anatel, é justo que a agência aplique multas diárias às operadoras envolvidas. Contudo, é necessário que haja uma ação efetiva do poder público para garantir que essas empresas cumpram o seu papel social e atendam aos programas de conectividade, sem prejudicar a formação educacional desses alunos.

O fato de que a Anatel esteja avaliando levar o caso à Justiça e ao Cade é um sinal claro de que a situação é grave e exige soluções imediatas. É fundamental que se encontrem meios para garantir a conectividade desses alunos, que já estão em uma situação de vulnerabilidade. As operadoras devem ser cobradas para cumprir sua responsabilidade social e contribuir para o desenvolvimento educacional do país.