Problemas no Parque das Dunas: ferrugem e banheiro interditado

O Parque das Dunas, primeira Unidade de Conservação do Rio Grande do Norte, tem estrutura com ferrugem e banheiro interditado.  Ao visitar o parque, é possível encontrar pontos de ferrugem em uma estrutura que faz a cobertura da feira de artesanato. O órgão responsável pela manutenção do lugar é o Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (IDEMA), que afirma as manutenções constantes feitas no parque. O local recebe centenas de turistas e moradores todos os dias, além de contar com espaços culturais para eventos.

Um dos funcionários, que preferiu não ser identificado, afirma que o local precisa de muitas melhorias e chega a citar que o espaço é “sinistro”. “Eu vejo que aqui precisa de bastante reforma. O lado onde tem eventos precisa [de reforma]. Tem bastante ferrugem. Aquela área de lazer, que são das crianças e lá no palco. Em si, acho que tudo precisa de reforma”, afirma. Além de comentar, ainda, que já ouviu reclamação de visitantes do parque. “Os visitantes já reclamaram bastante. Tipo: por que isso tá sujo, por que está enferrujado?”, completa.
Uma das visitantes que chama atenção para a manutenção do parque é a assistente administrativa, Eduarda Guedes, 21. De acordo com ela, os parques infantis e o lago precisam  receber mais atenção. “Eu acho que o lago precisa de mais limpeza. A água está muito suja. E os parquinhos também precisam de conserto”, comenta. Visitante assídua do Parque das Dunas, costuma passear e jogar com os amigos sempre que tem oportunidade. Os demais concordaram, mas preferiram não expor suas falas.
Além do lago e espaço da feira, o Bosque Encena também mostrava problema. Um lâmpada LED pendurada no teto por um fio, em cima da arquibancada. A área estava isolada com fita. No momento que a reportagem da TRIBUNA DO NORTE esteve no local, por volta das 9h, a lâmpada não tinha sido recolocada.
Problemas são parte da ação do tempo e de mau uso dos visitantes, afirma a gestora, Mary Soragi. “A manutenção do parque é feita corriqueiramente. De forma rotineira e sistemática. O Bosque dos Namorados é apenas uma pequena parcela do parque”, afirma a gestora. Ela afirma que o ferrugem é efeito da maresia. “A gente está numa área de praia. As estruturas que tem ferro recebem maresia e sofrem ação das marés”, explica. Ela comenta, ainda,   que a estrutura metálica que apresenta ferrugem já está com manutenção prevista.
 A gestora diz, ainda, que a estrutura passou por manutenção há cerca de quatro anos, dentro do período correto e que a próxima manutenção está em processo licitatório. “A gente já está com um processo aberto para licitação. Exige um serviço especializado pela questão da altura, da estrutura. É uma empresa que tem que vir, você não pode contratar uma empresa que não seja destinada a trabalhar com esse tipo de material”, finaliza.
Já o banheiro foi interditado por ação humana. Soragi conta que as pessoas costumam colocar rolos inteiros de papel higiênico inteiros dentro do vaso sanitário, o que causa a interdição, que é temporária. “As pessoas ainda tem aquela visão de que porque é público, não deve cuidar”, conta. Além disso, ela diz que o uso intenso das dependências do parque também afetam sua funcionalidade. “Banheiros interditados é uma coisa que acontece normalmente porque o uso é muito intenso da estrutura. A gente chega em um final de semana aqui que você tem a frequência de mais de cinco mi pessoas”, declara.
Já com relação ao lago, a gestora diz que a água é limpa todos os dias, foram a higienização completa que acontece todos os meses. A ultima lavagem foi feita no dia 13 de outubro, depois do Dia das Crianças. Por fim, explica que a sujeira é, na verdade, matéria orgânica do próprio lago e que é impossível deixar a água transparente. Folhas, ração para os peixes, dejetos dos próprios animais  se concentram na água e fazem parte do meio ambiente.
Parque das Dunas
O parque é reconhecido pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) como parte integrante da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica Brasileira, além de ser considerado o maior parque urbano sobre dunas do Brasil. Tem por objetivo garantir a preservação e conservação dos ecossistemas naturais englobados, possibilitar a realização de estudos, pesquisas e trabalhos de interesse científico além de preservar sítios de valor histórico, arqueológico e geomorfológico. Oferece, também, condições para  lazer, ecoturismo, realização de atividades educativas e de conscientização ecológica.