Localizado a cerca de 1.000 Km do litoral do Rio Grande do Norte, o Arquipélago de São Pedro e São Paulo não é um dos lugares mais fáceis para morar, mas é um ponto fundamental para pesquisadores de diversas áreas. É o caso de João Luiz, 26 anos. Natural de Mossoró/RN e prestes a concluir a graduação em Engenharia da Pesca, ele precisou morar por 15 dias nas ilhas rochosas em uma pesquisa que busca compreender o processo de migração de três espécies de peixes.
“A gente passa uma semana na Marinha de treinamento fazendo cursos de combater incêndio, controle e manutenção de bote inflável, sobrevivência, primeiros socorros… Porque, afinal de contas, a gente está só aqui. O médico mais próximo está a dois dias de viagem de barco” disse João.
O arquipélago é formado por um conjunto de ilhas rochosas, com área total emersa de aproximadamente 17.000 m2. Na estação cientifica, montada no local, João Luiz divide as tarefas e o espaço com outras duas pessoas, o biólogo Aristóteles Queiroz, 30 anos, natural de Carnaíba/PE e Vitor Quesada, representante do ICMBio. Eles chegaram à ilha no dia 10 de outubro e ficam até o dia 25 do mesmo mês.