Parceria entre a UFRN e laboratório fomenta experiência prática no campo da citometria

Com foco na análise das características físicas e químicas de células isoladas, a Citometria é um processo que se aplica ao diagnóstico, acompanhamento e tratamento de leucemias, imunodeficiências e monitoramento clínico de pacientes com HIV. Com o objetivo de ampliar o aprendizado dos mestrandos de saúde nesse campo, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) firmou uma parceria com o laboratório de análises clínicas DNA Center. Além do espaço para pesquisa, os estudantes irão receber orientações dos profissionais vinculados ao local.
O professor  Geraldo Barroso Cavalcanti Júnior, do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas (UFRN/DACT), está à frente da parceria e enfatiza o destaque da citometria no atual cenário científico. “Nos últimos anos, investiu-se muito em equipamentos e novos reagentes para a citometria de fluxo, o que provocou um avanço grande do ponto de vista de qualidade. Além de ser um exame rápido tecnicamente e de extrema precisão”, esclarece. O docente é considerado, atualmente, um dos pesquisadores com maior referência na área a nível Nordeste.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a Citometria é uma tecnologia  que permite a análise paralela de várias características estruturais e funcionais de células ou partículas biológicas suspensas em meio líquido em um sistema de fluxo contínuo. Isso acontece porque com a dispersão da luz gerada pela interceptação da célula é possível captar informações como tamanho relativo, complexidade interna/granulosidade e emissão de fluorescências, o que favorece a avaliação de um alto número de células em um curto período de tempo.
No DNA Center, especificamente, os alunos terão acesso a um maquinário para os setores de hematologia, que estuda doenças relacionadas ao sangue e aos órgãos como medula óssea, e imunofenotipagem.  A farmacêutica,  bioquímica e sócia-diretora do DNA Center, Andrea Fernandes, explica que no laboratório a imunofenotipagem é realizada principalmente  para casos suspeitos  de neoplasias hematológicas, auxiliando no diagnóstico complementar de leucemias e linfomas. “Também trabalhamos com a parte de análise das subpopulações linfocitárias – aí entram os casos de HIV, imunodeficiências e infecções de recorrência – que têm o objetivo de avaliar o quadro geral da imunidade do paciente “, complementa.
Além do fomento ao aprendizado dos estudantes, a bioquímica destaca que a parceria também traz benefícios à população, dado que com as orientações do professor Geraldo Barroso Cavalcanti Júnior os profissionais e mestrandos terão auxílio para  interpretar e supervisionar a liberação de laudos de citometrias mais completos em relação às condições  clínicas do paciente.
Tribuna do Norte