STTU estuda flexibilizar bloqueios durante obras na Felizardo Moura

A Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU Natal) estuda abrir parcialmente faixas da Felizardo Moura para passagem de veículos de passeio durante a obra de reurbanização da via e adequação do Viaduto da Urbana, prevista para durar um ano e meio. Inicialmente, a secretaria anunciou que o acesso à avenida será exclusivo para ônibus do transporte público e veículos oficiais, mas agora já admite aberturas a possibilidade de aberturas pontuais fora dos horários de pico. O bloqueio começará no próximo domingo (18).

A informação foi repassada pelo secretário adjunto da STTU, Walter Pedro, que foi confrontado por pequenos e médios empresários da região em um encontro na sede da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio-RN). “A gente já estava fazendo essa projeção. Por exemplo, segura no pico para transporte público e serviços, a partir de 8h30, 9h, libera para o pessoal passar. Chegando 15h, 16h, o pico começou a apertar? Segura de novo. São possibilidades que a gente vai ver com a construtora”, comenta Walter Pedro.

O adjunto de Mobilidade Urbana reforçou ainda que aberturas pontuais para comércios específicos poderão ser negociadas diretamente com os empresários. “Vai depender da disponibilidade da construtora, questão de horário, fluxo porque a exceção não pode virar a regra. Isso pode acabar atrasando a obra e a gente não pode atrasar. É uma obra que todos nós queremos, mas o remédio vai ser amargo e nós estamos com estratégias de tentar os impactos”, complementa.
A reunião com a Secretaria de Mobilidade Urbana foi demandada por empresários, que se sentiram prejudicados com o anúncio da obra. Em comum, a reclamação sobre a falta de comunicação prévia. “Ninguém é contra a obra, mas sim com a forma que foi feita a operação. Tudo isso poderia ter sido evitado se nós tivéssemos consultados antes porque teríamos muito a contribuir”, diz Bruno Ferreira, representante da Associação de Comerciantes e Empreendedores da Zona Norte de Natal.
Ferreira também demonstrou preocupação em relação às condições das vias indicadas como rota de fuga para quem sai da zona Norte com destino as outras regiões da cidade. “O tempo de trajeto vai ser totalmente afetada, no mínimo vai dobrar. Nova Natal tem vias totalmente inacabadas, ruins, Av. Das Fronteiras péssima e Moema Tinoco nem se fala. Atuo nas três regiões, Nossa Senhora da Apresentação, Lagoa Azul e Pajuçara e conheço bem a região. É preocupante”, conta.
O secretário Walter Pedro informou que a secretário vem trabalhando em conjunto com a Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra) e Departamento de Estradas e Rodagens (DER-RN) para fazer operações tapa-buracos nas vias que serão apontadas como desvios. “A Moema Tinoco já está alinhada, na quarta-feira a gente conversou com a diretora. A gente está com problemas na Av. das Fronteiras, mas as vias nossas a Seinfra vem dando uma geral para deixar em boas condições de tráfego”, diz.
A obra
As obras de revitalização da Avenida Felizardo Moura e Viaduto da Urbana tiveram início no dia 4 de setembro e devem durar 18 meses. Nessa primeira etapa, até o dia 18, data do bloqueio, serão feitos serviços preliminares. A Neoenergia Cosern está realocando 36 postes de média e baixa tensão, entre a Compal e a Ponte de Igapó.
Após isso, começa o Plano de Ação A que consiste no inicio das obras na avenida, no sentido Zona Norte – Centro, a partir da ponte até o limite da Rua Jandira, próxima ao Bairro Nordeste. Nesse primeiro momento, o trecho ficará interditado. Paralelamente, será feita a rede de drenagem da trincheira do Viaduto da Urbana. Após essa fase, é a vez do trecho a partir da Rua Jandira, chamado de Plano de Ação B, que marca o termino das obras no sentido ZN – Centro.
O Plano de Ação C é marcado pelo início dos trabalhos no sentido Centro – Zona Norte. Já o plano D corresponde ao trecho de acesso no entorno do posto da Urbana e a efetivação da obra da trincheira, no trecho. Para a execução da obra, foi necessário um estudo para o desvio de transito na região, visto que a Felizardo Moura é uma avenida movimentada da capital. Cerca de 43% dos ônibus da capital circulam na área, além de mais de 70 mil veículos, em média, todos os dias.
A obra avaliada em R$ 43 milhões conta com recursos do Governo Federal via Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Outros R$ 20 milhões também já garantidos para a complementação do projeto, segundo Carlson Gomes. Ele diz, ainda, que a obra foi “resgatada” oriunda do pacote da Copa do Mundo de 2014. A Prefeitura também entrou com 20% dos recursos.