População e classe produtiva se posicionam contra aterro sanitário em Macaíba

Foto: Ilustrativa/Reprodução

A confusão foi grande na audiência pública promovida pelo IDEMA na última quarta-feira (31), na Câmara de Vereadores de Macaíba. A reunião discutiu a implantação de um aterro sanitário no município. Se a proposta era fazer a população comprar a ideia do aterro, deu muito errado.

Em mais de 4 horas de audiência, população e classe produtiva fizeram pronunciamentos contrários à iniciativa. Moradores de comunidades próximas e dos condomínios Fazenda Real e Lagoa do Mato se somaram aos representantes da INFRAMÉRICA, FIERN, e vereadores para contestar os estudos e projetos apresentados.

As principais intervenções mostraram falhas com a possibilidade de impactos irreversíveis nas comunidades e condomínios próximos, com odor, contaminação, aves, tráfego de caminhões e impacto visual, entre outros problemas.

Foram apontados ainda, erros e inconsistências nos estudos apresentados sobre a necessidade e demanda do aterro. Isso porque a região já conta com outros dois empreendimentos ativos: a Braseco, em Ceará-Mirim, tem licença até 2028 e a CTR Potiguar, em Vera Cruz, com capacidade de receber 1.200 toneladas por dia.

Representantes da FIERN e INFRAMÉRICA pontuaram que o aterro inviabiliza o projeto que vem sendo retomado, da ZPE (Zona de Processamento de Exportação) iniciativa importante para classe produtiva. Os riscos à segurança dos voos no aeroporto de São Gonçalo também foram abordados.

Em meio a tantos pontos negativos e irregularidades, o tema precisa ser acompanhado de perto não só pela população de Macaíba, mas também pela população e empresas da Região Metropolitana de Natal.