MP consegue condenação de homem a 36 anos de prisão por assassinato de dois policiais

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) obteve uma pena de mais de 36 anos de reclusão em regime fechado para Pedro Lucas da Silva Alvares um dos participantes do assassinato de dois policiais civis em conexão com crimes outros. Os crimes ocorreram em 2012, no Município de São José de Mipibu e região.

A sentença foi proferida após julgamento feito pelo Tribunal do Juri, na Vara Única da Comarca. Ao todo, o réu recebeu uma pena definitiva de 36 anos, sete meses e 25 dias de reclusão,somado a 56 dias-multa, considerando cada um deles no valor correspondente a 1/30 do salário mínimo vigente à época do fato, corrigido monetariamente.

O duplo homicídio ocorreu no dia 3 de agosto de 2012, por volta das 20h, na Zona Rural de São José de Mipibu. Os policiais civis Antônio Pereira Pinto Neto e Jovanez de Oliveira Borges, lotados na Delegacia de Propriedade de Veículos e Cargas (Deprov), foram mortos a tiros durante investigação que apurava o roubo a um veículo S10, tendo os assaltantes desferido inúmeros disparos contra os mesmos, uma vez estarem na posse de uma caminhonete L200 de cor branca, com placa de Picos (PI), igualmente roubada e por visarem garantir a execução, a ocultação e a impunidade/vantagem de outro crime, notadamente o roubo do veículo S10.

Pedro Lucas agiu com pelo menos mais três pessoas, tendo um sido morto na abordagem e outro no curso do processo. A investigação restou demonstrar que se tratavam de criminosos altamente especializados e perigosos.

Além do duplo assassinato, a condenação responsabilizou o réu ainda por outros, como associação criminosa e os roubos de dois veículos. Uma S10 foi roubada no Assentamento Três Voltas, zona rural de Tangará, em 2 de setembro de 2012. Já a L200, foi subtraída no dia 26 de agosto de 2012, na Av. Prudente de Morais, em Natal.

Houve condenação ainda pelo crime de porte ilegal de armas de uso permitido e porte de arma de fogos de uso restrito. Inclusive, uma das armas de fogo de posse da quadrilha foi uma metralhadora, além de fuzis.