Touros, cidade do interior do Rio Grande do Norte, é um dos municípios em estado crítico devido às chuvas recorrentes. Ao todo, são 2.085 pessoas afetadas, 182 desalojadas, ou seja, abrigadas em casas de parentes, e 40 domicílios em estado de risco. Não é possível mensurar os pontos de alagamentos, devido a extensão do problema. Os dados são referentes ao dia 7 e tendem a aumentar devido às chuvas desta sexta-feira (8). A cidade se encontra em estado de calamidade pública desde a última segunda-feira (4).
De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Touros, Everton Xavier, equipes da Secretaria de Obras, Secretaria Municipal de Assistência Social, Secretaria de Educação, Secretaria de Saúde e municípios vizinhos estão trabalhando para resolverem a situação e abrigarem os moradores. Tem-se feito, também, a evacuação das famílias que se encontram em domicílios em estado crítico.
A Escola Municipal Junqueira Ayres, localizada na avenida 27 de março, ao lado do hospital municipal, está disponível para acolhimento das famílias, embora algumas delas prefiram se abrigar com parentes. “Já temos a confirmação do secretário Municipal de Educação das escolas para servirem de abrigos temporários, mas a gente ainda está enfrentando dificuldades porque a população prefere ficar abrigada com parentes, familiares e vizinhos, do que optarem pelo abrigo”, disse.
As áreas mais afetadas hoje são, a Lagoa dos Cassacos, um olheiro de água localizado no perímetro urbano da sede do município; o Conjunto Frei Damião, Portal de Touros, Praia do Farol, Novo Horizonte, São Sebastião, Nossa Senhora Aparecida, Carnaubinha, Cajueiro e Lagoa do Sal. Por isso, apenas os serviços essenciais continuam em funcionamento. Sendo assim, todos os serviços não essenciais destinam-se à resolução do problema. Parte do Exército Brasileiro também atua no local.
Na Lagoa dos Cassacos, foi instalada uma nova bomba de drenagem mais potente já que a anterior não era suficiente. “Ainda estamos esperando novas bombas para fazer a drenagem desse olheiro d’água para tentar diminuir o volume”, disse. Qualquer pessoa que teve seu domicílio alagado deve entrar em contato com a Defesa Civil através do número (84) 99679-1630 ou procurar a Secretaria Municipal de Assistência Social para receber ajuda necessária.
Ainda segundo o coordenador, o município está em uma região que propicia esse acúmulo desenfreado de água. “A característica geográfica do município é que nós possuímos uma região de relevo com lagoas que acumulam um grande volume de água. Então, vários pontos, em especial o lençol freático que está muito encharcado, e com acúmulo de chuva dessas últimas precipitações, então ela flora do próprio solo em diferentes pontos”, explicou.