Líder da Okaida encontrado em Parnamirim é servidor da Prefeitura de João Pessoa e tem salário de R$ 8 mil, afirma deputado

QUEM É SAPOTI

Sapoti é considerado o número 2 da Okaida, uma das perigosas facções criminosas da PB. Além disso, o homem responde a mais de dez processos criminais por homicídios, tráfico de drogas, associação para o tráfico e organização criminosa. Em 2011, Sapoti foi preso pela Polícia Civil da Paraíba, na comunidade Boa Esperança, no bairro do Cristo Redentor. Naquela época, ele já era apontado como um dos maiores homicidas e traficantes da Paraíba.

Em 2015, foi acusado de comandar, da prisão, a ocupação de um condomínio residencial entregue pelo Governo Federal na cidade de João Pessoa. O grupo foi acusado de envolvimento na expulsão de moradores de casas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no bairro do Cristo, em João Pessoa, para a comercialização de drogas. Naquela época, Sapoti estava preso na  Penitenciaria Romeu Gonçalves de Abrantes (PB1)

OKAIDA

Criada em 2000, a facção criminosa Okaida surgiu como um grupo para vender drogas em bairros de João Pessoa, com fornecimento de crack por parte do PCC. Uma divergência, no entanto, separou os grupos. No RN, teria se aliado ao Sindicato do Crime e adentrado em alguns municípios potiguares, como Passa e Fica, Canguaretama e Pedro Velho.

Reportagem da BBC, em 2019, apontou que a facção criminosa chegou a ter 6 mil “soldados” no seu front. Dissertação de mestrado concluída em 2015 na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, feito pelo tenente-coronel Carlos Eduardo Santos, da Polícia Militar da Paraíba, apontou que integrantes desse grupo costuma tatuar símbolos com palhaços ou o personagem Chucky, do filme Brinquedo Assassino.

Assim como o Sindicato do Crime, a Okaida teria nascido por meio da influência do PCC de São Paulo. Até 2010, a Okaida era mais próxima do grupo paulista, que fornecia parte da droga vendida nas ruas. Mas um assassinato, que teria sido cometido a mando do PCC sem o aval dos paraibanos, afastou os grupos e criou um antagonismo violento entre eles, segundou narrou a reportagem da BBC.

PRISÃO

Sapoti morava há 5 meses no bairro de Cajupiranga, em Parnamirim, Grande Natal, onde foi localizado pelas forças de segurança. No momento da abordagem à residência, Sapoti apresentou um RG falso.

Junto dele foi encontrada uma pistola calibre 380, com seis munições. O foragido foi conduzido até a base da Deicor onde foi dado cumprimento ao mandado de prisão em aberto. O homem ainda foi autuado por porte ilegal de arma e uso de documento falso.

Policiais Civis da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor), de forma integrada com a Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio da Paraíba (DCCPTA) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), conseguiram prender o foragido, Dijanilson Meireles de Lima, conhecido como “Sapoti”, de 37 anos de idade, na noite desse domingo (29).