Após gritos contra Bolsonaro, clientes são expulsos de bar no Ceará

Foto: Divulgação

Clientes foram expulsos de um bar em Fortaleza, no último domingo, 29, após se manifestarem contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). Nas redes sociais, vários deles criticaram o episódio ocorrido no Hey Joe Food ‘n’ Bar, localizado no bairro Aldeota.

“Lamentável! Pessoas pagaram ingresso e estavam curtindo”, disse outro. Segundo os relatos, o público gritou “Ei, Bolsonaro, vai tomar no c*”, durante um show com música ao vivo no local, provocando a reação de um dos sócios do estabelecimento.

Ainda de acordo com um dos presentes, que se manifestou sobre o caso no Twitter, a confusão se instalou após “o dono ter surtado batendo nas mesas, balcão de atendimento e porta por não concordar com os gritos de 90% do público que protestou contra o governo. Ridículo”, finaliza.

Outra cliente disse que estava no local com o namorado e uma amiga, quando uma garçonete perguntou se iriam querer fazer outro pedido. Segundo a moça, foram solicitadas mais duas entradas e, em seguida, outra funcionária “mandou a gente comer rapidão porque não podíamos ficar ali”.

Em meio à polêmica, o estabelecimento respondeu a uma das críticas nas redes sociais, dizendo não tomar posição por nenhum partido político. “Nós, como casa, sempre optamos por seguir o caminho do meio e não tomamos nenhum partido político porque temos sócios e equipe com diversos pensamentos”, escreveu.

O perfil do Hey Joe disse ainda que o episódio “não passou de uma mistura de um grande mal entendido gerado por uma bobagem e potencializado pela bebedeira”. Por fim, o local ressalta lamentar o episódio, que terminou de maneira que os deixou “devastados”.

Algumas horas depois, o Hey Joe postou uma nota de retratação no Instagram pedindo desculpas ao público pelo caso e ressaltando que, ao longo de sete anos de existência, procuram acolher “frequentadores diversos em identidades de gênero, raças, credos e pensamentos políticos”.

A casa também afirma que um de seus sócios – de folga na ocasião –  pensou que a manifestação havia partido da banda de música, agindo de forma “impensada”. “Ele tentou intervir para preservar o espaço de todos, mas sua ação foi inadequada e inoportuna. Para evitar constranger ainda mais os presentes, incluindo frequentadores, equipe e demais sócios, a casa preferiu encerrar as atividades mais cedo”, explica.

O Povo