Desde o ano passado, a RecordTV já demitiu uma funcionária e puniu outras duas de suas funções originais, depois que elas postaram fotos de biquíni ou declarações consideradas “polêmicas” no Instagram e outras redes.
A demitida deixou a empresa no ano passado, após uma série de postagens de biquíni, decote e exibindo suas tatuagens.
Tatuagens parecem um tabu na direção (religiosa) da emissora, que não aprovava que seu ex-apresentador Marcos Mion fizesse programas com roupas que mostrassem as suas.
A demitida já havia sido advertida verbalmente por um superior que não deveria postar fotos assim.
Pouco depois, ela fez uma postagem pró-LGBTs. Coincidentemente ou não, foi demitida (sem justa causa) dias após a publicação.
Outras duas funcionárias também tiveram funções rebaixadas na Record após fotos consideradas “sensuais”.
A “ordem interna” para que não sejam publicadas fotos “sexies” é velada: tem sido dada de forma verbal por cargos de chefia.
No ano passado, foi distribuído internamente na Record o “Manual de Uso de Mídias Sociais para Jornalistas”. O documento foi adaptado para outros setores do Grupo.
Em suas 15 páginas não há nenhuma menção a postagens sensuais por parte dos jornalistas.
O artigo 3.1 do manual chama “O Profissional Do Grupo Record Deve Evitar”.
“Não descrimine e nem permita a discriminação de qualquer espécie, seja de cor, gênero, idade, religião, orientação sexual etc.”
Há uma nota explicativa da chefia de Jornalismo que afirma que, o objetivo do manual, não é cercear ninguém, mas “apontar comportamentos esperados de um profissional qualificado e responsável e alertar sobre alguns riscos aos quais todos estamos sujeitos”.
Outro lado Procurada, a RecordTV disse, por meio de sua assessoria, que as informações “não procedem”.
Com informações de UOL