Familiares e amigos fazem novo protesto por assassinato de homem após briga de trânsito em Natal

Os familiares e amigos de Paulo Henrique Araújo da Silva, morto em Natal no dia 29 de abril, organizam um segundo protesto cobrando justiça pela morte do homem. Ele foi assassinado com um tiro na cabeça após ser perseguido pelos criminosos. O crime teria sido motivado por uma briga de trânsito, depois de o carro onde estavam os assassinos quase bater na motocicleta conduzida pela vítima. O novo ato em memória de Paulo Henrique acontece às 15h do sábado (21), na Ponte Newton Navarro.

O protesto solicita a identificação dos criminosos, a partir da visualização de imagens de câmeras de segurança pelo trajeto em quie Paulo Henrique e os criminosos fizeram no dia do crime. A briga de trânsito ocorreu na Ponte de Igapó, e o assassinato, na Rua São Bento, no Bairro Nordeste.
As ações que clamam por justiça fazem parte do movimento “#JUSTIÇAPORPAULOHENRIQUE”, criado para exigir celeridade no processo investigativo. No dia 13 de maio, o primeiro protesto foi realizado, data que marcou exatos 15 dias do assassinato de Paulo Henrique. Além de sensibilizar a sociedade pelo caso, o objetivo é também pela construção de uma cultura de tolerância e de paz no trânsito de Natal.
“O casal de criminosos que assassinou Paulo Henrique Araújo da Silva continua livre pelas ruas da cidade, sendo um perigo para a vida em sociedade e para um trânsito seguro”, afirmou o amigo Marcelo Taveira.
Vida interrompida
Paulo Henrique tinha 33 anos, prestou serviços militares à Força Aérea Brasileira, trabalhou como monitor de várias academias de Natal e de segurança de empresas privadas de diversos ramos comerciais. Ele tinha família, residência própria e uma vida repleta de sonhos e projetos.
“A vida de Paulo Henrique Araújo da Silva foi brutalmente retirada do convívio de nossa família e de seus amigos. Ele deixou três crianças órfãs de pai, uma mãe enlutada, uma família despedaçada pela dor de sua ausência e pela crueldade desse crime que segue na impunidade depois de três semanas. Meu filho deixou uma legião de amigos que clamam assim como eu, por Justiça, e que não iremos descansar até que os criminosos sejam julgados, condenados e presos”, disse a mãe Teresinha Pinheiro, de 58 anos.
Segundo amigos, Paulo Henrique gostava de viajar, organizava passeios de motociclistas de um grupo formado por ele, chamado de “Passeio entre Amigos”. Amava animais, participava de projetos sociais levando alimentos, materiais de higiene e palavras de conforto para os moradores de rua nas madrugadas das quartas-feiras na cidade de Natal. “Um ser humano do bem, admirável”, disse o amigo Marcelo Taveira.