Bolsonaro sobre caçula investigado pela PF: ‘peço a Deus que proteja’

O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta quarta-feira a investigação envolvendo o filho mais novo, Jair Renan, alvo de inquérito da Polícia Federal que apura suspeitas de tráfico de influência no governo. Ao comentar o assunto durante café da manhã com pastores no Palácio da Alvorada, o presidente indicou ter pouco contato com o caçula, que vive com a mãe, Ana Cristina Valle.

“O moleque tem 24 anos agora, acho que ninguém conhece ele, vive com a mãe, há muito tempo está longe de mim, mas recebo ele de vez em quando aqui, tem a vida dele, não vou dizer está certo ou se está errado, mas peço a Deus que o proteja” , afirmou.

As suspeitas sobre Jair Renan Bolsonaro envolvem a utilização da empresa de eventos dele, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, para promover articulações entre a Gramazini Granitos e Mármores Thomazini,  grupo empresarial que atua nos setores de mineração e construção, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.

O café da manhã com pastores da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil e parlamentares da base do governo não constava na agenda oficial do presidente.

De olho no voto evangélico, que teve papel fundamental na última eleição presidencial, Jair Bolsonaro confirmou presença na maior reunião de pastores do país. Ele irá à Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil no próximo dia 19, em Cuiabá. O evento deve reunir 15 mil pastores e ser acompanhado à distância por outros 115 mil.

Em seu discurso nesta quarta-feira, Bolsonaro falou sobre a compra pelas Forças Armadas de mais de 35 mil unidades do remédio conhecido como Viagra, usado para tratar a disfunção erétil. O presidente calculou que foram comprados cerca de 50 mil comprimidos e que a quantidade adquirida “não é nada”. Afirmou também que a compra do medicamento foi para “combater a hipertensão arterial e também as doenças reumatológicas”.