O número de internações oncológicas no Rio Grande do Norte teve um aumento de 66,13% desde 2018. De acordo com Arthur Villarim Neto, coordenador médico da Liga Norteriograndense Contra o Câncer, dados provenientes do Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostram que a incidência de novos casos entre potiguares chegou a 14 mil por ano, acompanhando o crescimento populacional. Em 2018, foram 11.437 internações. No ano passado, foram 19.000.
O número anual também pulou de 11.976 internações em 2019 para 16.177 no primeiro ano de pandemia, aumento de 35,08%. Em 2021, 19.000 internações foram registradas, crescimento adicional de 17,45%. Desse total, cerca de 7 mil casos são de câncer de pele, tipo de maior ocorrência no Rio Grande do Norte. Além disso, o estado também registra um número considerável em casos de câncer de mama, próstata, pulmão e colo uterino, acompanhando tendências nacionais conforme estudos dos INCA.
Sobre o aumento da incidência de câncer na população potiguar, Villarim aponta que todo ano há um crescimento, que é acompanhado pelo Ministério da Saúde através do INCA. Esse processo acompanha o aumento populacional e também é visto nos números da Liga. No entanto, pontua que os tratamentos estão ficando melhores e, consequentemente, a sobrevida dos pacientes também está aumentando. “São novas quimioterapias, novas cirurgias, então a rede que atende oncologia deve sempre estar em expansão porque além dos casos novos, temos os anteriores que necessitam de acompanhamento”, diz.