A greve dos professores da rede pública de Natal está judicializada e há a busca por um entendimento. Há a expectativa de reunião entre a Prefeitura do Natal e representantes dos professores nesta quarta-feira (6), com o objetivo de suspender a paralisação. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News Natal (93,5FM), o secretário adjunto de Educação de Natal, Paulo Barra, disse que não há justificativa para a greve em Natal.
A justificativa da paralisação dos professores é pela cobrança de reajuste salarial de 33,24%, referente ao reajuste no piso dos professores, determinado pelo Governo Federal. Segundo o secretário, no entanto, Natal já paga mais do que o piso e, neste momento, os educadores que ingressam na rede municipal com nível superior, para carga horária de 40h semanais, recebem salários de R$ 5.154,00.
“Estamos sempre trabalhando em diálogo com o sindicato e sempre buscando sobre o retorno para não prejudicar quem mais está prejudicado, que são os alunos. Na visão do município, considerando os valores que são pagos, a receita e o momento, e também o reajuste concedido em dezembro (6%), esse movimento deveria ser postergado ou sequer existir”, avaliou Paulo Barra.
Comparando com a situação dos professores do Estado, o secretário adjunto explicou que, neste momento, o valor pago aos profissionais da rede estadual recebem R$ 3.845,00 e, caso o Governo do Estado cumpra o que foi prometido, eles receberão R$ 5.154 (valor pago em Natal) somente em dezembro.
“Se é uma política de valorização salarial, não é justo que a população seja penalizada, enquanto que em Natal se ganha melhor e existe uma paralisação da rede, e no estado se ganha pior e não existe essa paralisação”, comparou o secretário. “Particularmente, eu vejo sim, um viés político”, disse Paulo Barra, afirmando que a opinião é pessoal e não necessariamente é a mesma dos demais membros da gestão do município.