Um assessor e um ex-assessor do vereador do Rio Gabriel Monteiro (PL) alteraram, nesta segunda-feira, 4, depoimentos que tinham dado à polícia no ano passado. Na primeira versão, os funcionários afirmaram aos policiais que um carro da comitiva do parlamentar tinha sido atingido por tiros durante uma agenda do político em Quintino, na zona norte do Rio.
Na nova versão dos depoimentos à 29º Delegacia Policial, segundo reportagem de O Globo, o cinegrafista Robson Coutinho da Silva, 44, e o ex-editor Heitor Monteiro, 22, afirmaram que Monteiro forjou o ataque ao carro, que pertence a Robson.
“Sobre a questão do tiro, meu carro tinha uma perfuração pequena, que foi uma criança que caiu com o guidom da bicicleta. Não foi tiro. Mas, quando chegou na delegacia, eu fui buscar um lanche e voltei, o Gabriel já estava dando entrevista e falando que o carro tinha sido alvejado”, disse Robson, segundo O Globo.
O cinegrafista ainda afirmou que o parlamentar teria lhe orientado a “deixar quieto”, pois ele “iria resolver tudo”. “Não era um tiro de fuzil. Só denuncio hoje porque a gente tinha receio de sair daquela bolha e ser prejudicado. Eu temia que ele fizesse algo contra mim e minha família”, disse.
A história de que o vereador teria supostamente forjado o ataque foi confirmada também por Heitor. ”Não tinha tiro. Eu posso afirmar. Ele pediu pra gente falar que teve tiros”, disse. O ex-assessor também acusa Monteiro de assédio sexual.