O real teve uma valorização de 17,8% em relação ao dólar no primeiro trimestre de 2022, a segunda maior dentre 120 países, enquanto o Ibovespa avançou 34,6%, com o segundo melhor desempenho dentre 79 bolsas, segundo um levantamento da consultoria Austin Rating.
A moeda norte-americana já opera na casa dos R$ 4,66 em relação ao real, segundo fechamento da sexta-feira (1º), se distanciando da casa dos R$ 5 ultrapassada em 2020.
O desempenho do real supera a média dos países emergentes, de valorização de 5,06% ante o dólar, assim como do grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que teve recuo de 1,01%. A média geral dos 120 países é de desvalorização de 1,14%.
Com isso, a moeda ficou atrás apenas do Kwanza, moeda da Angola, que valorizou 24,4% devido a elementos semelhantes aos da alta do real, em especial um fluxo de investimento estrangeiro que busca grandes produtores de commodities, cujos preços dispararam. Não à toa, as dez moedas de melhor desempenho são de países fortemente ligados a esses produtos, principalmente na África e América Latina.
Em relação ao Ibovespa, o principal índice da bolsa de valores ficou atrás apenas do ALSZI, da bolsa do Zimbábue, também um país relevante na produção de commodities. Lá, a alta trimestral foi de 46,5%.