Estrategistas da campanha de Jair Bolsonaro (PL) entendem que o tema principal do presidente deve ser a crítica a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo prisma da corrupção.
A ideia é usar o mote de que “o outro lado [Lula] é ladrão”, pois o eleitorado ainda associaria o petista a casos como mensalão, petrolão, tríplex e sítio de Atibaia.
“É só relembrar os 14 anos do PT na gestão federal”, diz Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência, que tem participado das discussões.
Em um segundo plano da campanha do presidente entram as críticas à política econômica de Dilma Rousseff (PT), ao apoio a ditaduras de esquerda e temas da agenda comportamental, como aborto, família e identidade de gênero.
Os pontos mais vulneráveis do presidente identificados pela equipe são a inflação alta e as ações desastradas na pandemia, como chamá-la de gripezinha e defender remédios sem eficácia.
No primeiro caso, o discurso é de que o problema é global e passageiro. No segundo, o de que o governo comprou vacinas e foi mudando sua avaliação conforme a Covid-19 evoluía.