Europa registra paralisações e atos contra aumento do diesel

Em 14 de março, caminhoneiros espanhóis decidiram entrar em greve por tempo indeterminado em protesto pela alta no preço dos combustíveis, impulsionada pelo conflito na Ucrânia. Não são os únicos. Motoristas de outros países europeus, como França e Alemanha, também vem realizando manifestações contra o valor do diesel.

A guerra exacerbou a crise energética na Europa. O continente tem forte dependência do petróleo e do gás natural da Rússia. Com 1 mês de conflitos, o petróleo teve picos de preço, chegando a US$ 127,98 em 8 de março. Na quinta-feira (24.mar), o barril era comercializado a US$ 119,03. Com isso, o litro do diesel ficou mais caro na região.

A greve espanhola foi convocada em 14 de março pela Plataforma de Defesa do Setor do Transporte Rodoviário Nacional e Internacional de Mercadorias, que representa pequenas e médias empresas de transporte.

O governo espanhol, liderado pelo esquerdista Pedro Sánchez, classificou os manifestantes como membros da “direita radical espanhola”. A Plataforma negou. Disse ser apartidária e lutar pelo interesse dos caminhoneiros.

Caminhoneiros protestaram contra a alta dos combustíveis no sábado (19.mar) em Hamburgo, norte da Alemanha. Segundo o BGL, fórum que auxilia empresas de transporte rodoviário e logística do país, associações do setor avaliam novas manifestações.

O presidente do fórum, Dirk Engelhardt, disse ao site eurotransport.de que muitas empresas não suportam mais o preço dos combustíveis e estão com “água até o pescoço”.