Prefeitura de Natal (RN) desativa Hospital de Campanha, mas Tribunal Regional do Trabalho diz que ainda não recebeu o prédio

O Hospital de Campanha de Natal (RN) foi desativado nesta sexta-feira (11) pela prefeitura da capital. A unidade foi aberta em maio de 2020 para o atendimento aos pacientes com Covid-19, mas atualmente já não recebia mais enfermos com a doença. O prédio será devolvido à Justiça do Trabalho.

Segundo a prefeitura, havia cinco pacientes internados no hospital nesta sexta, nenhum deles com Covid. Todos foram transferidos para outras unidades, inclusive uma última paciente de UTI, que foi para o Hospital dos Pescadores.

O fechamento ocorre no mesmo dia em que a declaração de pandemia da Covid-19 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) completa dois anos.

O Hospital de Campanha de Natal funcionou com 100 vagas de leitos clínicos e chegou a ter 40 leitos de UTI durante a pandemia. De acordo com a prefeitura, foram 2.796 vidas salvas.

Quase 3,5 mil pacientes com Covid foram tratados na unidade de saúde, inclusive de outros municípios do Rio Grande do Norte.

Além disso, no início de 2021, o Hospital de Campanha recebeu pacientes vindos de Manaus, diante da grave crise enfrentada na capital amazonense, onde faltaram leitos e oxigênio para o atendimento da população.

Justiça do Trabalho

O prédio será devolvido para a Justiça do Trabalho. No local, funcionava o antigo Hotel Parque da Costeira, que faz parte de um processo de dívidas trabalhistas.

Por meio da assessoria de comunicação, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) disse que ainda não recebeu de forma oficial o prédio, que foi cedido ao município em um acordo judicial.

Numa audiência no último dia 4 de março foi dado um prazo de 15 dias para a devolução do espaço. A Justiça do Trabalho havia determinado a devolução do prédio inicialmente no fim do ano passado com um prazo de 90 dias.

Profissionais e equipamentos

O material permanente e equipamentos serão realocados para outras unidades da rede municipal, segundo explicou o secretário municipal de Saúde, George Antunes. Ele disse ainda que parte dos profissionais ali lotados deverá ser realocada para outras unidades da rede municipal de saúde.