Secretários do governo reagem a críticas do ministro Rogério Marinho

Auxiliares do governo Fátima  Bezerra (PT) reagiram contra as declarações do ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) de que a oposição “vai formar uma chapa majoritária competitiva para derrotar a “medíocre”. Rogério Marinho questionou, ao conceder entrevista à TRIBUNA DO NORTE, publicada na edição de domingo (06), se é “importante para o Rio Grande do Norte fazer uma opção sobre o modelo de desenvolvimento, um governo que vai transformar a realidade do Estado”, ou continuar “a estimular esse pacto de mediocridade a serviço das corporações”.

Para o secretário estadual da Tributação, Carlos Eduardo Xavier, “depois de dois governos estaduais trágicos da direita potiguar, vir um representante desta turma falar em mediocridade, só pode ser duas coisas: Ou falta de memória, ou cara de pau mesmo”.
O secretário estadual de Metas  de Governo, Fernando Mineiro, disse que se o governo Fátima Bezerra “é medíocre, porque o valente e falastrão ministro bolsonarista não cria coragem e sai candidato a governador do Estado e a enfrenta nas urnas”. Fernando Mineiro questionou o ministro Rogério Marinho por tentar “arranjar um preposto que faça a disputa que ele não tem  coragem de fazer?”
O controlador geral do Estado, Pedro Lopes, questionou o fato de que o ministro Rogério Marinho criticava o governo por colocar “como grande feito” o pagamento em dia do funcionalismo. “De fato é uma obrigação e ele mesmo confirma que é uma obrigação, mas é uma obrigação que o governo anterior não cumpria e deixou R$ 1 bilhão para ser pago pelo nosso governo”, contestou o controlador do Estado.
Pedro Lopes dirigiu-se em grupo de Whatsapp aos servidores públicos, declarando que, hoje, o Estado debruça-se sobre dois projetos, “um projeto liderado por Fátima Bezerra, que respeita o trabalhador e os compromissos com os servidores, e de fato o governo priorizou o pagamento da folha salarial, porque organizando a folha salarial, também organiza os serviços públicos”.
Segundo o controlador, o pagamento da folha dos servidores coloca no mercado mais de R$ 500 milhões por mês: “Com essa estabilidade no pagamento, o comércio também ganha bastante, porque vai ter estabilidade no público consumidor e melhora o comércio e gera emprego no comércio”.
Pedro Lopes lembrou que todos sabem como terminou o governo anterior, porque “chegamos até ter saques na cidade, em virtude de uma mobilização e do aquartelamento da Polícia Militar, que não recebia os seus salários”.
A secretária estadual da Administração, Virgínia Ferreira, não fez nenhuma contestação direta ao auxiliar do governo Bolsonaro, mas destacou, nas redes sociais: “Que palavras utilizar sobre um governo central cuja fome é a obra social? Não tem palavras…ultrapassa a linha da mediocridade. É anticivilizacional: racismos, demagogos,  desigualdades e etc”.
Já a deputada federal Natália Bonavides (PT) afirmou que “falta espelho no Governo Federal? O ministro (Rogério Marinho) faz parte do pior governo da história do país e quer chamar os outros de medíocre”.